Os
negócios ligados a atividades de baixo risco estão dispensados de obterem
autorização, permissão, liberação ou alvará para funcionarem. A mudança consta
de decreto publicado quinta-feira (19/12) no Diário Oficial da União que
regulamenta a Lei de Liberdade Econômica.
A
dispensa de licença estava prevista pela lei, mas precisava ser regulamentada
para entrar em vigor. Até 1º de junho de 2020, cada um dos 181 órgãos federais
deverá definir uma classificação de níveis de risco (baixo, médio e alto) para
cada atividade regulada por eles.
Para
as atividades de baixo risco, o governo dispensará qualquer emissão de alvará,
autorização ou permissão. As atividades de risco moderado terão um sistema de
aprovação automática. Bastará o empresário apresentar autodeclarações ou laudos
de profissionais técnicos para obter a liberação.
Somente
as atividades de alto risco continuarão com o sistema tradicional de
licenciamento, com a utilização de recursos públicos e de funcionários para
fiscalização e análise. “Para as atividades de alto risco, você vai ter o foco
total do Estado para garantir a segurança da sociedade brasileira”, explicou o
secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
Ministério da Economia, Paulo Uebel.
O
decreto também regulamentou outro mecanismo da Lei de Liberdade Econômica para
dispensar a emissão de alvarás em algumas situações. Chamado de aprovação
tácita, o instrumento concede a liberação automática caso o Poder Público não
responda os pedidos de liberação de funcionamento dentro do prazo.
Cada
órgão definirá um prazo máximo de resposta. O decreto, no entanto, sugere 120
dias para 2020, o primeiro ano de vigência da nova norma, 90 dias para 2021 e
60 para 2022 em diante. O secretário explicou que a aprovação automática fora
do prazo não vale para as atividades com riscos ambientais, que continuam
submetidas a restrições legais para a liberação de negócios e de
empreendimentos.
Uebel
disse que a aprovação tácita é comum nos países da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que reúne as economias
mais industrializadas do planeta. Ele ressaltou que as novas regras
racionalizam o trabalho do governo e alinham o Brasil com os procedimentos
internacionais.
“É
uma forma de atender com mais critério, usando dados e evidência para
qualificar a política pública. E garantindo maior celeridade na prestação de
serviços públicos. O governo federal está se modernizando, e o licenciamento
4.0 é uma atividade fundamental para que o Brasil esteja alinhado com as melhores
práticas internacionais”, concluiu Uebel. (ABr)
Quinta
- feira, 19 de Dezembro, 2019 ás 18:00
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