A
alta de 8,09% no preço das carnes foi o item que mais influenciou a inflação
oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em
novembro deste ano. Segundo dados divulgados sexta-feira (6/12) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 0,51% em
novembro, maior taxa para o mês desde 2015 (1,01%).
Os
alimentos e bebidas tiveram uma alta de preços de 0,72%. Além das carnes,
também contribuíram para a inflação os cereais, leguminosas e oleaginosas
(1,65%), óleos e gorduras (1,33%), os produtos panificados (0,71%) e as carnes
industrializadas (0,69%). Com isso, se alimentar em casa ficou 1,01% mais caro
em novembro.
"A
alimentação no domicilio vinha caindo há seis meses. A alta de agora foi puxada
pelas carnes. Para ter uma ideia do peso do aumento das carnes, o grupo
alimentação e bebidas sem as carnes teriam um resultado de deflação de
0,18%", disse o pesquisador do IBGE Pedro Kislanov.
A
alimentação fora de casa teve alta de preços de 0,21% no período. Por outro
lado, tiveram queda de preços alimentos como tubérculos, raízes e legumes
(-12,15%), hortaliças (-2,20%) e leites e derivados (-0,93%).
Alguns
itens não alimentícios também tiveram impacto importante sobre a inflação neste
mês, como as loterias (24,35%), a energia elétrica (2,15%), o plano de saúde
(0,59%) e o etanol (2,46%).
Grupos de despesas
Entre
os grupos de despesas, os principais impactos vieram da alimentação (0,72%),
despesas pessoais (1,24%) e habitação (0,71%). Também tiveram inflação os
grupos transportes (0,30%), vestuário (0,35%), saúde e cuidados pessoais
(0,21%) e educação (0,08%).
Por
outro lado, tiveram deflação (queda de preços) os grupos de despesas artigos de
residência (-0,36%) e comunicação (-0,02%). (ABr)
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Sexta-
feira, 06 de Dezembro, 2019 ás 11:00
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