O
grave caso de corrupção na Petrobras vem a cada dia ganhando tristes cores,
expondo as vísceras de um esquema criminoso de inimaginável ousadia desonesta e
de rara ganância delitiva. Os fatos noticiados são absolutamente escabrosos e,
uma vez comprovados, selarão, definitivamente, que o poder político brasileiro
foi dominado por um perigoso organismo infeccioso que paralisou a decência,
castrou a ética pública, calou a legalidade vigente e adentrou no sistema
nervoso central do Brasil para roubar o povo e enriquecer políticos e
aproveitadores de plantão. A punição haverá de ser modelar, pois, do contrário,
o modelo brasileiro será o da criminalidade institucionalizada.
Naturalmente,
o processo será difícil e doloroso. Crimes de poder não se desfazem sem
incisões profundas. Logo, não vamos ser ingênuos e pensar que bastarão as
palavras contundentes da denúncia. A sociedade civil e o jornalismo
independente deverão fazer sua parte e cobrar a efetivação das medidas legais
correspondentes, dentro de uma pauta de celeridade com preservação das
garantias processuais da defesa. Agora, o tão festejado “garantismo penal” não
mais poderá significar garantia do crime nem impunidade garantida. Até mesmo
porque de criminalidade impune o Brasil já está farto.
Apesar
de todo o cansaço e frustrações, não podemos perder a coesão da força do bem,
pois será essa energia transformadora que expulsará os medíocres do poder,
inaugurando um ciclo autenticamente virtuoso no país. Democracia é, assim, luta
e perseverança. É hora de sair de casa e fazer a sua parte. O Brasil precisa da
nossa ajuda. Falando nisso, de que lado você está? Quer a lei ou a corrupção
deslavada?
(Sebastião Ventura Pereira da Paixão JR)
Domingo,
21 de dezembro, 2014.
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