O
líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), criticou as recentes
declarações da presidente Dilma Rousseff sobre a corrupção na Petrobras e a
insistência em querer corrigir a tabela do Imposto de Renda em 4,5%, valor
abaixo do índice de inflação para 2014.
De
acordo com o senador, a presidente Dilma atua de maneira atabalhoada ao querer
lavar as mãos no caso Petrolão. "Ao jogar na década de 1990 a
responsabilidade da corrupção que se desenvolveu nos governos do PT, Dilma
demonstra que não consegue pensar em nada para sair da crise. Está sem rumo,
desesperada e parte para mentiras. Quer enganar, mas o brasileiro já está
vacinado quando ela fala", disse Caiado.
Caiado
ainda ironizou o fato de Dilma colaborar com a ideia de que a corrupção se
tornou sistêmica desde que o PT assumiu a Presidência. "Ao agir de má fé,
Dilma diz com todas as letras que o PT foi o responsável por ampliar o caso de
um indivíduo corrupto e criar todo um sistema de desvios na Petrobras para
financiar o seu partido e atuar nas eleições", disse.
Imposto de Renda
Ronaldo
Caiado também lamentou a afirmação de que o reajuste em 6,5% do IR, conforme
aprovado pelo Congresso em dezembro de 2014 e vetado por Dilma em janeiro, não
caberia no Orçamento, conforme palavras da presidente. A diferença entre o
reajuste de 4,5% para o de 6,5% é de R$ 2 bilhões em isenção fiscal.
Caiado
ainda usou como comparação o prejuízo causado ao Tesouro Nacional por conta dos
R$ 450 bilhões destinados ao BNDES desde 2009 para financiamento das chamadas
empresas campeãs.
O
reajuste de 6,5% aumenta em R$ 2 bilhões de isenção. Isso não representa nem 7%
do que o Tesouro Nacional perde por ano com os empréstimos concedidos pelo
BNDES a juros abaixo da taxa Selic. Ou seja, quando o assunto é o bolso do
cidadão, Dilma é extremamente rígida no controle dos gastos. Quando é para
empresas financiadoras de campanhas do PT, ela é benevolente com o dinheiro
público, comparou.
Sem discussão
Ronaldo
Caiado também rechaçou a afirmação da presidente de que, caso o veto à emenda
que reajusta em 6,5% seja derrubado, uma nova discussão seria iniciada.
Veto
derrubado, e nós vamos derrubar o veto, é matéria vencida. Matéria vencida não
tem discussão. Ela precisa saber mais sobre a lei que tem a obrigação de
cumprir, e não pestanejar, concluiu. (A/E)
Sábado,
21 de janeiro, 2015
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