O
ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa recorreu
novamente à sua conta na rede social Twitter para se defender das reações às
suas recentes postagens, em que sugeriu a demissão do ministro da justiça, José
Eduardo Cardozo. Barbosa disse que hoje é um cidadão livre e que seus críticos
“fingem” não saber disso.
“Cidadão
livre”: livre das amarras do cargo público. Cidadão na plenitude dos seus
direitos, pronto para opinar sobre as questões da ‘Pólis’”, afirmou ele, há
pouco, em seu perfil no twitter.
Barbosa,
que se aposentou antecipadamente do STF em julho último, citou ainda a
expressão “plumes-à-gage”, que, em tradução aproximada, indica quem escreve a
serviço de alguém, para se referir aos “furiosos” com os seus comentários e
sugeriu a eles “serem livres!”. “Às ‘plumes-à-gage’ furiosas com meus
comentários: experimentem ser livres! Sei que isso seria extremamente penoso e
“custoso” para vocês”, afirmou ele.
Na
madrugada de hoje, Barbosa já tinha se manifestado sobre a relação entre
advogados e políticos. Ele defendeu o fato de advogados em processos criminais
recorrerem ao juiz quando identificarem “excessos/deslizes” da polícia. “Nunca
a políticos!”, disse o ex-ministro do STF. Barbosa afirmou que os que recorrem
à política para solucionar questões relacionadas ao âmbito jurídico não buscam
a justiça. “Buscam corrompê-la. É tão simples assim”, acrescentou.
As
críticas a advogados de defesa que recorrem a políticos foram feitas três dias
após Barbosa defender a demissão de Eduardo Cardozo. “Nós, brasileiros
honestos, temos o direito e o dever de exigir que a presidente Dilma demita
imediatamente o Ministro da Justiça”, escreveu ele.
As
declarações do jurista se dão em meio a informações divulgadas pela revista
Veja de que Cardozo teria se encontrado com advogados que defendem empresários
envolvidos no suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras, investigado
pela Operação Lava Jato. As reuniões não teriam sido publicadas na agenda
oficial do ministro, o que levou a oposição a criticar a falta de transparência
de Cardozo na condução dos encontros. Cardozo negou que tenha tratado da Lava
Jato com advogados. (AE)
Quarta-feira,
18 de fevereiro, 2015
Nenhum comentário:
Postar um comentário