Segundo
dados do estudo Coeficientes de Abertura Comercial, da Confederação Nacional da
Indústria (CNI), divulgados na quinta-feira (15/03) o consumo de produtos
importados cresceu 17%, após três anos de queda.
Em
2013, 18,2% dos produtos vendidos no mercado interno eram estrangeiros. Desde
então, esse percentual caiu, chegando a 16,4% em 2016. Em 2017, subiu para 17%.
Os
importados também voltaram a ganhar participação no total de insumos utilizados
pela indústria. Em 2013, a participação desses produtos era de 26,1%. Em 2014
começou a cair, chegando a 22,5% em 2016. Em 2017, foi de 23,5%.
Além
do aumento de importados, a participação dos produtos exportados manteve-se
praticamente constante, interrompendo uma sequência de altas que vinha desde
2015. O coeficiente de exportação da indústria de transformação passou de 15,7%
em 2016 para 15,6% em 2017.
O
coeficiente mede a importância das vendas externas para o setor. Em 2017, a
indústria de transformação registrou aumento de 3,6% do volume produzido, acompanhado
de crescimento menor do volume exportado (2,3%). Com isso, o coeficiente recuou
0,1 ponto percentual, o que corresponde a uma redução de 1,2%.
Real é valorizado diante do dólar
O
aumento da participação dos importados no mercado nacional e a perda da
importância das exportações na produção da indústria decorrem "da
recuperação do consumo interno e da valorização do real diante do dólar",
diz a economista da CNI, Samantha Cunha, em nota divulgada pela confederação.
Segundo
a CNI, o crescimento da demanda repercute nas importações e na produção para o
mercado doméstico, aumentando sua importância relativa para a indústria. A
apreciação do real estimula as importações e desestimula as exportações. Entre
2015 e 2017, o real valorizou 13,4% frente à cesta de moeda de seus principais
parceiros comerciais.
O
estudo, disponível no site da CNI, apresenta os resultados de quatro
coeficientes: o de exportação, que mede a participação das vendas externas no
valor da produção da indústria de transformação; o de penetração de
importações, que acompanha a participação dos produtos importados no consumo
brasileiro; o de insumos industriais importados, que aponta a participação dos
insumos industriais importados no total de insumos industriais adquiridos pela
indústria de transformação; e o de exportações líquidas, que mostra a diferença
entre as receitas obtidas com as exportações e as despesas com a importação de
insumos industriais, ambas medidas em relação ao valor da produção.(ABr)
Sexta-feira,
16 de março, 2018 ás 00:05
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