A
Polícia Federal vai entrar na investigação do esquema de candidatas laranjas do
PSL de Minas vinculadas ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A
decisão foi tomada na sexta-feira (22/02), após reunião do promotor de Minas
Fernando Ferreira Abreu, responsável pela apuração na parte eleitoral, com
delegados federais para pedir parceria na apuração do caso. O objetivo é que a
PF ajude os promotores na busca de mais provas sobre o caso ocorrido nas
eleições passadas.
O
promotor vai enviar o material do caso à PF na quarta-feira, 27, com os termos
de depoimentos de pelo menos sete pessoas envolvidas — as oitivas estão
marcadas para esta sexta e a próxima terça, 26.
De
posse desses documentos, a PF vai abrir um inquérito e entrar na investigação.
Paralelamente
à conversa com o Ministério Público, a PF também recebeu uma representação da
aposentada Cleuzenir Barbosa, candidata nas eleições passadas que diz ter se
recusado a entrar no esquema dos laranjas do PSL.
As
autoridades de Minas Gerais iniciaram a investigação no caso após o jornal
Folha de S.Paulo publicar reportagem segundo a qual o ministro do Turismo,
deputado federal mais votado em Minas, patrocinou um esquema de quatro
candidaturas de laranjas, todas abastecidas com verba pública do PSL.
Álvaro
Antônio era presidente do PSL em Minas e tinha o poder de decidir quais
candidaturas seriam lançadas. As quatro candidatas laranjas receberam R$ 279
mil da verba pública de campanha da legenda, ficando entre as 20 que mais
receberam dinheiro do partido no país inteiro.
Desse
montante, pelo menos R$ 85 mil foram destinados a quatro empresas que são de
assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro. Ele
nega irregularidades.
Não
há sinais de que essas candidatas tenham feito campanha efetiva durante a
eleição. Ao final, juntas, somaram apenas cerca de 2.000 votos, apesar do
montante recebido para a campanha.
(Com
informações da Folha de S.Paulo)
Sexta-feira,
22 de fevereiro, 2019 ás 18:00
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