O
presidente Jair Bolsonaro evitou quinta-feira, dia (17/10), comentar o conteúdo
do áudio em que pede o apoio de deputados do PSL para destituir o líder do
partido na Câmara, Delegado Waldir (GO), mas disse que, se o seu telefone tiver
sido grampeado, ocorreu uma “desonestidade”.
Bolsonaro
afirmou apenas que conversou com parlamentares e que não irá tratar
“publicamente” desse assunto. O áudio foi revelado na quarta-feira pela revista
“Época” . “Eu falei com alguns parlamentares. Me gravaram? Deram uma de
jornalista? Eu converso com deputados.
Eu não trato publicamente desse assunto. Converso individualmente. Se
alguém grampeou o telefone…Primeiro, é uma desonestidade”, disse Bolsonaro, na
saída do Palácio da Alvorada.
MANOBRA
– No áudio, Bolsonaro diz que irá ligar para deputados para conseguir as 27
assinaturas necessárias para retirar Delegado Waldir da liderança. O presidente
diz que “não tem outra alternativa” a não ser derrubar Waldir por meio de uma
lista.
O
requisito para a troca de líder é a assinatura de mais da metade da bancada
junto ao pedido. Os bolsonaristas conseguiram as assinaturas de mais de metade
dos 53 deputados na noite desta quarta-feira. A ideia é que Eduardo Bolsonaro
(SP) seja o novo líder. Logo depois, os aliados de Luciano Bivar, presidente da
sigla, protocolaram uma nova lista, com 32 assinaturas, pedindo a permanência
de Waldir.
TERCEIRA
LISTA – A deputada Carla Zambelli (SP) ainda protocolou, no fim da noite, uma
terceira lista com 27 assinaturas. Como há um impasse, porém, não é possível
saber se alguma das três será considerada válida. A decisão cabe ao presidente
da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que precisa referendar qualquer troca de líder.
Daniel
Gullino /O Globo
Quinta-feira,
17 de outubro ás 12:00
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