A
Procuradoria-Geral da República (PGR) informou quarta-feira (30/10) que foi
arquivada uma citação do nome do presidente Jair Bolsonaro nas investigações
sobre a morte de Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 14
de março do ano passado. A procuradoria
disse que a decisão está em segredo de Justiça, e os detalhes não serão
divulgados.
Mais
cedo, o Ministério Público do Rio de Janeiro confirmou que o porteiro do
condomínio onde o presidente tem uma casa, no Rio de Janeiro, mentiu em
depoimento prestado nas investigações do caso.
A
PGR também informou que o pedido feito pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro, para seja aberto um inquérito para apurar “todas as
circunstâncias” da citação será enviado para o Ministério Pùblico Federal (MPF)
no Rio de Janeiro.
Ontem
(30) à noite, o Jornal Nacional, da TV Globo, noticiou que registros do
condomínio Vivendas da Barra, e também o depoimento de um dos porteiros à
Polícia Civil, deram conta de que um dos suspeitos do assassinato, o
ex-policial militar Élcio Queiroz, esteve, horas antes do crime, na casa do
sargento aposentado da Polícia Militar Ronnie Lessa, suspeito de ser o executor
da ação, que mora no local.
Segundo
o Jornal Nacional, em depoimento, o porteiro informou que Élcio Queiroz
anunciou que iria não à casa de Lessa, mas à de número 58 do Vivendas da Barra,
que é a residência de Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro. Ainda segundo o
programa da Globo, em seu depoimento, o porteiro afirmou ter interfonado para a
casa do então deputado federal e que “seu Jair” havia autorizado a entrada do
visitante.
Contudo,
registros de presença da Câmara dos Deputados demonstram que naquele dia o
então deputado estava em Brasília, conforme também noticiado pelo Jornal
Nacional. Nesta tarde, o vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do
presidente, divulgou um vídeo em seu perfil no Twitter que indica que o
porteiro interfona diretamente para a casa de Lessa, e não para a residência de
Bolsonaro. (ABr)
Quarta-feira,
30 de outubro ás 19:30
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