Relatório
da Desigualdade Global, da Escola de Economia de Paris, divulgado pela Folha de
S.Paulo, revela que o Brasil, empatado com o Qatar, é o pais de maior fosso
social entre ricos e pobres. Segundo o estudo, 1% da população (cerca de 1,4
milhão de pessoas) concentra 28,3% dos rendimentos no país, com média de ganhos
de R$ 140 mil por mês.
De
outro lado, os 50% mais pobres (71,2 milhões de pessoas) ficam com 13,9% – que
representa menos da metade do 1% mais rico. Essa parcela tem, em média, ganhos
de R$ 1,2 mil mensais.
OUTROS
PAÍSES – Depois do Brasil e do Qatar, onde o 1% detém 29% da renda, os países
que lideram a lista são Chile, Líbano, Emirados Árabes e Iraque.
O
relatório mostra ainda que durante os governos petistas, entre 2001 e 2015 –
com dois mandatos de Lula e um mandato de Dilma Rousseff, que foi derrubada por
um golpe em 2016, após reeleição -, os mais pobres tiveram o maior ganho, de
71,5%, em suas rendas.
No
mesmo período, os mais 10% mais ricos viram sua renda crescer 60% e a classe
média – que representa cercade 40% da população – teve aumento de 44% nos
rendimentos.
SEMPRE
EM ALTA – Entre 2014 e 2019 – segundo dados da FGV Social, a partir dos
microdados da PNADC -, apenas os mais ricos (2,5%) e os muitos ricos (1%), que
representam 10% e 1% da população, respectivamente, viram a renda aumentar.
Nesse
período, a classe média teve redução de 4,2% nos rendimentos, enquanto os 50%
mais pobres perderam 17,1% da sua renda.
(Folha de São Paulo)
Domingo,
06 de outubro ás 20:00
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