O
presidente do PSL e deputado federal Luciano Bivar (PE) é um dos alvos da
Operação Guinhol, deflagrada hoje (15) pela Polícia Federal (PF). Mandados de
busca e apreensão, autorizados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco
(TRE-PE), estão sendo cumpridos em endereços residenciais e comerciais do
parlamentar, como sua casa em Jaboatão dos Guararapes (PE).
Segundo
a PF, o objetivo é buscar provas que possam ajudar na investigação de supostos
crimes eleitorais praticados por integrantes do PSL. A suspeita é que os
investigados teriam “ocultado/disfarçado/omitido movimentações de recursos
financeiros oriundos do Fundo Partidário, especialmente os destinados às
candidaturas de mulheres, após verificação preliminar de informações que foram
fartamente difundidas pelos órgãos de imprensa nacional”.
Bivar
ainda não se manifestou sobre a ação policial. Seu advogado, Ademar Rigueira,
divulgou nota em que afirma que a operação está “fora de contexto”. Na nota,
Rigueira acrescenta que o inquérito que investiga as suspeitas de uso indevido
dos recursos do Fundo Partidário já se estende há dez meses, sem que, segundo
ele, as autoridades tenham encontrado indícios de fraude no processo eleitoral.
“A
busca [e apreensão de documentos] é uma inversão da lógica da investigação,
vista com muita estranheza pelo escritório [de defesa], principalmente por se
vivenciar um momento de turbulência política”, diz ainda Rigueira, na nota.
O
nome da Operação Guinhol faz referência a uma marionete, personagem do teatro
de fantoches criado no século 19, diante da possibilidade de candidatas terem
sido utilizadas exclusivamente para movimentar transações financeiras escusas.
Procurado,
o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco não se manifestou por se tratar de
inquérito que corre em segredo de justiça. (ABr)
Terça-feira,
15 de outubro ás 11:00
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