O
maior desafio brasileiro, conforme destacou aqui na Tribuna da Internet o
analista Flávio José Bortolotto, é o déficit fiscal, com o governo gastando
muito mais do que arrecada – portanto, tornando-se gerador da dívida pública, e
por isso hoje o Brasil lidera o ranking dos devedores entre os países
emergentes (México, Argentina, Rússia, Índia, Africa do Sul, Indonésia,
Paquistão, Filipinas, Malásia, Nigéria, Vietnam etc.)
Só
há duas maneiras de controlar o déficit: 1) A economia crescer em padrões
chineses; ou 2) reduzir o tamanho do Estado brasileiro, que consome atualmente
cerca de 44% do PIB ( 36% de carga tributária + 8% do PIB de déficit nominal),
para apenas 30% do PIB em 8 anos, que é um tipo de promessa recorrente, todo
governo faz.
SEM
SUPERÁVIT – O presidente Bolsonaro não está nem aí, deu carta branca ao
ministro Paulo Guedes, é como se a crise econômica nem existisse. Mas existe. E
Guedes, já com nove meses de gestão, ainda não teve coragem de impor medidas
para reduzir o tamanho do Estado.
Quando
se anunciou que haveria um pacto entre os Poderes, cheguei a ficar animado.
Ingenuamente, pensei (?) que esse acordo seria para enfim reduzir o Estado. É
um fenômeno que somente poderá ocorrer caso haja uma reforma constitucional que
reduza os gastos públicos e atinja diretamente a nomenklatura dos três Poderes,
através da derrubada do chamado “direito adquirido”, perversão que legaliza
penduricalhos salariais de toda sorte, em desvios de recursos públicos
denunciados diariamente nos jornais, sem que possa haver providências “legais”.
Lembram
do procurador do “miserê”, que tem recebido salários de R$ 88 mil mensais, em
média? Ele é apenas um, entre dezenas de milhares, podem crer.
UM
NOVO TETO – Na minha inocência, digna do voltariano professor Pangloss, achei
que os três poderes iriam recriar o artigo 17 das Disposições Transitórias,
estabelecer um novo teto e criar planos de cargos e salários, para que os novos
juízes, procuradores, auditores e funcionários de alto nível, civis e
militares, não sejam contratados já com salários perto do limite da carreira.
Haveria
normas também para evitar que os salários da PM fossem superiores aos das
Forças Armadas, e que não mais houvesse distorções, como no Rio de Janeiro,
onde existe um coronel da PM para cada 61 soldados, vejam a que pontos
chegamos, e toda essa farra é paga pelo cidadão-eleitor-contribuinte, como diz
Helio Fernandes.
TUDO
AO CONTRÁRIO – Julguei que os três Poderes iriam passar a limpo esse país, mas
aconteceu exatamente o contrário. O pacto era para proteger o presidente, os
ministros do Supremo e as autoridades e políticos corruptos de todos os
quilates, ao serem imobilizados os três instrumentos de investigação de lavagem
de dinheiro e outros crimes – o antigo Coaf, a Receita Federal e o Banco
Central.
Nossa
matriz, a USA, tem 22 órgãos de controle de atividades financeiras. A filial
Brazil tinha apenas três e as desativou, estrategicamente, com uma simples
penada do ministro Dias Toffoli, aquela que não consegue a mesada de R$ 100 mil
que recebia da própria mulher.
(Tribuna
da internet)
Terça-feira,
08 de outubro ás 12:00
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