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A luta política
dentro da CPI do Cachoeira, mesmo no período de recesso parlamentar, continua. Sábado
(14/7), reportagem publicada pela revista Época, com acusações de ligações
entre o governador tucano Marconi Perillo e a empreiteira Delta, serviu para
estimular o debate em torno de uma nova convocação de Perillo à Comissão. Texto
da revista, com base em interpretações de relatório da Polícia Federal, aponta
para um suposto compromisso entre o governo e a empreiteira para a realização
de pagamentos sobre obras e serviços prestados pela empresa ao Estado. Este
acordo envolveria a compra da casa que pertencia a Perillo em Goiânia.
Em nota oficial
(íntegra abaixo), o governo de Goiás afirmou que a tentativa de "procurar
estabelecer ligação entre três pagamentos feitos à Delta de uma série
continuada de outros pagamentos (conferir em transparencia.goias.gov.br) é
uma atitude de má fé, leviana e irresponsável".
A reportagem da
revista, como esperado, animou a oposição. "Ela torna inevitável a
reconvocação do governador Marconi Perillo", afirmou o senador Randolfe
Rodrigues (PSol-AP), que apresentará na segunda-feira o pedido para trazê-lo de
volta à comissão e ter acesso ao relatório da PF que foi enviado ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ) no inquérito que investiga o governador. Para o
deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), será preciso chamar Marconi para dar, pelo
menos, o direito de ele se defender novamente. "Nós estamos diante da
possibilidade de esclarecer que houve", disse.
Abaixo, nota do
governo de Goiás em resposta à reportagem da revista Época:
"Tirar de 30
mil horas de gravações fragmentos de conversas, mantidas por terceiros, com o
propósito de estabelecer relações que não condizem com a realidade é mais uma
atitude de grupos políticos que tentam, de todas as formas, denegrir a imagem
do governador Marconi Perillo. O governador responderá com absoluta segurança e
tranquilidade todos os questionamentos que eventualmente lhe fizerem durante as
investigações, conduzidas pela Procuradoria Geral da República e por iniciativa
dele solicitadas. Marconi Perillo tem a mais absoluta convicção de que, ao
final das investigações, estará provado que todas essas ilações irresponsáveis
não passam de uma manobra política repugnante.
"Desde o
início da Operação Monte Carlo permanecem à disposição da sociedade, e da
imprensa em especial, todos os contratos da empresa Delta com o Governo de
Goiás. E vale salientar que esses contratos já foram aprovados por uma
sindicância feita pela Controladoria Geral do Estado e pelo Tribunal de Contas
do Estado e não são objeto de qualquer tipo de contestação de nenhum órgão de
controle.
"Em sua
grande maioria, os contratos obtidos no governo do Estado pela Delta vêm
do governo passado, e os obtidos na atual administração o foram através de
concorrências públicas amplamente divulgadas e disputadas. No caso, a
Delta ofereceu nesses certames descontos acima de 20 por cento. Prova de que a
empresa não obteve qualquer vantagem no atual governo é que ela possui valores
superiores a R$ 6 milhões, referentes a faturas de serviços prestados na Agetop
na administração anterior, que poderiam ter sido pagos na atual gestão e não
foram por uma postura adotada pelo atual governo.
"Além disso,
saliente-se que mesmo depois do período da venda da casa, tanto a Delta quanto
os demais prestadores de serviços regulares ao Estado continuaram recebendo em
dia suas faturas. Procurar estabelecer ligação entre três pagamentos feitos à
Delta de uma série continuada de outros pagamentos (conferir
em transparencia.goias.gov.br) é uma atitude de má fé, leviana e
irresponsável.
"Convém
verificar que a Delta possui mais de R$ 4,5 bilhões de contratos nos diversos
níveis da administração pública – federal, estaduais e municipais - na grande
maioria objetos de fortes questionamentos e com claros indícios de corrupção,
mas mesmo assim insistem em tentar encontrar algum tipo de ilegalidade apenas
nos contratos que, firmados por essa empresa com o Governo de Goiás, não são objeto
de nenhum questionamento por parte dos órgãos de controle ou do Ministério
Público.
"Nesta
reportagem da revista Época está claro que mais uma vez tenta-se
maliciosamente estabelecer relações entre fatos e versões que não se coadunam.
Goiânia, 14 de julho de 2012
Gabinete de Imprensa da Governadoria
-------------------------------------------------Sábado 14 de julho
Postado pelo Editor
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