Folha S.Paulo =
Já na condição
de ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM/sem
partido-GO) despediu-se no início da tarde desta quarta-feira, 11, da sua
equipe de funcionários da Casa, momentos depois de ter sido cassado pelo plenário
do Senado por usar o mandato para
defender os interesses do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos
Cachoeira.
Demóstenes
chamou cerca de 20 funcionários do gabinete de Brasília e do escritório de
apoio de Goiânia, que vieram à capital acompanhar a sessão de votação, para
conversar na sua sala. Segundo uma das presentes, ele mais ouviu do que falou.
Os auxiliares se emocionaram na presença dele, embora Demóstenes não tenha
chorado. "Bola para frente, a luta continua", despediu-se o
ex-senador, saindo de carro pela garagem privativa dos parlamentares.
Relator do
processo de cassação de Demóstenes Torres, o senador Humberto Costa (PT-PE)
esperava uma votação mais apertada. "Esperava uma votação menor. Não é uma
decisão fácil cassar um colega. Não há uma sensação de prazer. Estou triste,
mas com a consciência tranquila", disse o senador. Demóstenes foi cassado
nesta quarta-feira com 56 votos a favor, 19 contra e 5 abstenções.
O presidente
do PSOL, deputado Ivan Valente, autor da representação que levou à perda de
mandato de Demóstenes, disse que o caso tem uma simbologia maior pela
trajetória do agora ex-senador. "Ele se mostrava como defensor da ética,
mas estava ao lado de uma organização criminosa." Para ele, o Congresso
precisa mudar a forma de financiamento de campanhas acabando com as
contribuições privadas.
Quarta-feira
11 de julho
Postado pelo
Editor
'Recomende aos seus amigos'
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