Época *****
Novas gravações divulgadas neste
final de semana em reportagem da revista “Época” revelam trechos de diálogos
telefônicos entre o senador cassado Demóstenes Torres, o contraventor Carlos
Cachoeira e outros integrantes do esquema citando o governador de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB).
A reportagem traz trechos inéditos de diálogos que
estão no processo que corre em segredo de justiça em uma vara federal de Goiás.
Segundo a revista, os diálogos indicam que Perillo teria direcionado a
contratação de empresas, sem licitação. As conversas, interceptados pela
Polícia Federal na Operação Monte Carlo, mostram Demóstenes, Cachoeira e outros
fazendo negócios em nome do governador.
Nos diálogos,
um assessor da administração goiana afirma que o governador “mandou passar” um
contrato, que poderia render R$ 1,2 bilhão, à empresa Delta Construção,
declarada depois inidônea pelo governo federal.
Em outro
trecho, Marconi Perillo é responsabilizado por ordenar, através de Demóstenes
que o Detran de Goiás contratasse uma “empresa amiga”. As investigações da
Polícia Federal, citadas pela revista, mostram que o presidente do Detran de
Goiás, Edivaldo Cardoso, teria sido nomeado para o cargo por indicação de Carlinhos
Cachoeira e fora encarregado de garantir que a Delta Construção fosse
beneficiada em contratos públicos.
Em diálogo, interceptado pela Polícia
Federal, Carlinhos Cachoeira acerta com Edivaldo Cardoso a contratação da
Politec, segundo eles, a pedido de Marconi Perillo. A empresa de tecnologia
prestou serviços ao Detran de Goiás, segundo a revista semanal, sem licitação
ou contrato formal.
Em um outro
trecho, um assessor do governador de Goiás afirma que o presidente da Agência
de Transportes e Obras Públicas, Jayme Rincón, teria dito que Marconi Perillo
escolheu a Delta Construção para administrar a instalação em Goiânia de um
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que deverá fazer a ligação leste-oeste da
cidade.
Domingo, 22/julho
Postado pelo Editor
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