A
manifestação de protesto promovida em São Paulo será comentada num post de bom
tamanho. Antecipei a divulgação do vídeo de 7min37 para que todos os leitores
vejam o que vi — e que não foi visto nos jornais que sofrem de miopia seletiva.
Nas edições de domingo(16), textos e fotos reduziram o volume da multidão de
indignados e, claro, ampliaram as dimensões da minoria de cretinos fundamentais
que reivindicam uma “intervenção militar”.
Veja o vídeo...
Veja o vídeo...
O
vídeo desmoraliza as duas espertezas. Só não enxergaram muito mais que 10 mil
manifestantes — o que já seria de bom tamanho — repórteres que contam gente com
a mesma precisão exibida por Guido Mantega quando calcula o pibinho do
trimestre ou a inflação mensal. E tanto as inscrições nas faixas ou cartazes
quanto o conteúdo das palavras de ordem escancaram a ampla hegemonia dos
democratas.
A
segunda mobilização antipetista em 15 dias confirma que São Paulo compreendeu
que é preciso deter o avanço da seita fora-da-lei. Surrada nas urnas do mais
desenvolvido dos Estados, a companheirada começou a acumular derrotas também
nas ruas. Sanduíches de mortadela e tubaína ajudam, mas não fazem milagre.
Mesmo reforçado com duplas sertanejas, o kit-comício será incapaz de evitar a
agonia do bando em território paulista.
A
anemia eleitoral manifestou-se em todas as regiões onde as urnas são menos
vulneráveis ao Bolsa Família, o maior programa oficial de compra de votos do mundo. O Brasil que pensa e vê as coisas como as
coisas vai entendendo que o PT e seus comparsas foram longe demais com a
revogação da fronteira que separa coisas da política e casos de polícia.
Lula
e Dilma, aqueles que fingem não saber de nada porque sempre souberam de tudo,
provavelmente não sabem disso. Logo saberão.
Augusto
Nunes-VEJA
Segunda-feira,
17 de outubro, 2014.
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