O
presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, nesta
sexta-feira (8), que será obrigado acatar outros nove pedidos de impeachment da
presidente Dilma Rousseff caso seja mantida a decisão do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello de abrir processo de afastamento do
vice-presidente Michel Temer.
Cunha
classificou a decisão como absurda e enfatizou que espera que o Supremo julgue
o recurso da Câmara contra a determinação já na próxima semana para evitar
instabilidade na Casa. Segundo ele, os nove pedidos pendentes cumprem todos os
requisitos para aceitação.
De
qualquer maneira, o presidente da Câmara afirmou que a decisão da Corte está
sendo cumprida, mas não poderá obrigar ninguém a indicar membros para o colegiado
ou comparecer a votações.
Dilma
Sobre
a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Cunha
comentou acha pouco provável que algum parlamentar queira ficar para a história
como ausente à sessão. "A ausência gera suspeição, gera dúvida sobre o
caráter", argumentou.
A
discussão do parecer favorável ao impeachment da presidente Dilma na Câmara que
está prevista para esta sexta-feira (8), deve durar cerca de 30 horas e entrar
na madrugada de sábado, já que há previsão de que ao menos 108 inscritos e 25
líderes se manifestem.
A
ala governista teme que o presidente da comissão especial que trata do tema,
deputado Rogério Rosso (PSD-DF), antecipe a votação do texto que aponta
indícios de que a petista cometeu crimes de responsabilidade.
Ainda,
outro temor é de que Rosso estenda as discussões para o domingo, abrindo
precedente para que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leve
adiante seu plano de realizar a votação do impeachment em plenário num domingo
(17). A situação provocaria maior pressão aos parlamentares e as manifestações
dos grupos pró e contra impeachment poderiam acabar em confusão.
Na
segunda-feira(11), ainda haverá discussões remanescentes, a partir das 9h.
Sessões extraordinárias já foram marcadas para ocorrer em horários - 12h e 15h
- de forma a evitar a anulação da reunião em caso de falta de quórum no
primeiro horário. Os deputados devem gastar três horas votando.
Estadão
Conteúdo
Sexta-feira,
08 de abril, 2016
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