O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), disse ontem, após reunião com dirigentes de partidos e
líderes no Congresso, que na reforma política será discutida uma proposta para
criar um fundo eleitoral de campanhas. A ideia é usar o Fundo Partidário – que
financiou parte das campanhas municipais neste ano – para uma reserva eleitoral
que passaria a vigorar já na eleição presidencial de 2018. Não há detalhes de
como funcionaria o sistema.
Renan e o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), adiantaram, no entanto, que não deve ser incluída a
volta do financiamento de campanhas por empresas. “A doação privada
dificilmente voltará e isso é outro aprendizado que veio das urnas. É
fundamental que tenhamos regras claras para o financiamento”, disse Renan.
“Não há espaço para o ressurgimento do
financiamento de pessoa jurídica. Temos que pensar um modelo que pode se
adequar a essa nova realidade, certamente o que foi feito na eleição de 2016
foi um arranjo de última hora”, afirmou Maia, ao destacar que não há regras de
distribuição de recursos para as campanhas por meio do Fundo Partidário –
levando cada partido a usar essa verba da forma que achou conveniente.
‘Posição
oficial’
Segundo Renan, a ideia do fundo
eleitoral foi apresentada pelo presidente do PSD e ministro da Ciência,
Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab. “Não era a favor, mas mudei de
ideia. A partir de hoje é a posição oficial do PSD. Somos a favor do
financiamento público. Defendi isso na reunião e a necessidade de criar um
fundo eleitoral. O tempo mostrou que esse modelo de doações de empresa está
esgotado”, afirmou Kassab ao Estado.
Segundo ele, uma das alternativas, que
poderá implementada, é o estabelecimento de uma cota do fundo partidário para
ser destinada ao fundo eleitoral. “Os valores e como será feita essa distribuição
terão que ser definidas pelo Congresso.”
A avaliação de dirigentes partidários
é que a discussão de nova forma de financiamento é embrionária e só após o
segundo turno das eleições municipais o debate sobre o modelo vai deslanchar.
No entanto, a constatação é que será necessária alteração do financiamento para
2018.
Coligações
No fim da reunião, Renan e Maia
anunciaram que querem votar pontos da reforma política no dia 9 de novembro no
plenário de cada uma das Casas. Segundo Renan, a ideia é tentar votar no Senado
uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de autoria do presidente do PSDB,
senador Aécio Neves (MG), que acaba com as coligações proporcionais, institui a
cláusula de barreira e ainda a que cria a federação de partidos para que as legendas
tenham funcionamento parlamentar.
Contudo, ainda não houve consenso
sobre detalhes da participação mínima que os partidos ou federações mínimas têm
de ter ainda não foram fechados. Há resistências de partidos pequenos, como o
PCdoB. Segundo Aécio, as mudanças nas regras previstas na sua PEC poderão
reduzir pela metade o número de partidos que atuam no Congresso. (AE)
Quinta-feira, 06 de outubro, 2016
GREVE DOS
BANCÁRIOS CHEGA AO 31º DIA E MULTIPLICA PROBLEMAS A CLIENTES
Os números da greve dos bancários
chamavam a atenção. A paralisação completou 30 dias nesta quarta-feira, 5, se
igualando à mais longa da história, ocorrida em 2004, segundo nota do sindicato
da categoria em São Paulo, Osasco e Região. Seriam 42 mil funcionários de
braços cruzados. A Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
(Contraf-CUT) contabilizava 13.104 agências e 44 centros administrativos
paralisados – algo como 55% do total de agências de todo o Brasil.
Não é possível porém, contabilizar os
transtornos que os clientes dos bancos estão enfrentando de Norte a Sul do
País. Apesar dos caixas eletrônicos e da digitalização via tablets,
computadores e celulares, uma séria de serviços ainda depende do atendimento na
boca do caixa.
Os que mais sofrem são os clientes que
têm o azar de ter algum problema com o cartão no meio da paralisação e não têm
a quem recorrer. Lucia Helena Agostinho Damico, de 46 anos, vive esse
transtorno em Santos, no litoral de São Paulo.
Bloqueados
Lucia cuida das finanças da mãe, Maria
de Lourdes Agostinho Damico, de 71 anos, que tem restrições de mobilidade após
dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral), usa uma cadeira de rodas para sair de
casa e toma dez remédios diariamente. Os gastos com medicamentos passam de R$ 1
mil por mês. Desde o dia 26 de setembro, o cartão da mãe está bloqueado. “No
caixa eletrônico, surgiu uma mensagem informando que a senha precisa ser
revalidada. O cartão foi bloqueado sem nenhum aviso anterior. Havia um funcionário
orientando os clientes e ele confirmou que minha mãe precisa entrar na agência
para fazer a revalidação pessoalmente. Só que todas as agências estão fechadas.
Como fazer? O dinheiro é dela e está retido”, diz Lucia.
Em São Luís, no Maranhão, a servidora
Elza Araújo, de 53 anos, tem problema parecido. Não consegue ter acesso à conta
porque o seu cartão venceu no meio da paralisação. Ela acredita que os
bancários estão no seu direito de fazer greve, mas que deveria haver um mínimo
de funcionários para resolver esse tipo de problema. O aposentado José Pires
Collins, 79 anos, também de São Luís, teve o cartão bloqueado e nem sabe o
motivo. Não consegue sacar a aposentadoria, nem ter acessar às economias.
“Quero resgatar parte do meu dinheiro que está em investimentos e poupanças,
porém não consigo. Nunca vi uma greve neste País a esse nível”. Colins chegou a
ir ao Procon para tentar ser atendido.
O empresário Lúcio Carvalho, de 39
anos, de Sorocaba, interior de São Paulo, é da velha guarda por opção. Deixou
de fazer operações bancárias pela internet depois que uma de suas contas foi
invadida e sofreu transferências indevidas. “Não confio mais nesse sistema,
além do mais, ele não permite saques e preciso ter dinheiro porque alguns de
meus funcionários não têm conta em banco.”
Carvalho diz que está acumulando
prejuízos ao longo da greve: atraso no pagamento dos funcionários, demora no
recebimento por mercadorias e serviços prestados, juros do cheque especial
usado para pagar fornecedores, juros pelo atraso no pagamento de boletos e o
tempo perdido. “Meu advogado disse que é possível e estamos contabilizando tudo
o que tivemos de prejuízo por causa da greve”, diz o empresário.
Até um simples cheque pode render dor
de cabeça. O auxiliar administrativo Nilton Jones, de 25 anos, de Belo
Horizonte, não pode receber uma dívida. O amigo que lhe deve precisa descontar
um cheque para fazer o pagamento. O amigo não tem conta no banco. Precisa ir
numa agência para sacar. “Com os bancos fechados isso é impossível”, diz Jones.
O vigilante Marcelo Moreira, de 38
anos, também da capital mineira está no grupo dos que se atrapalharam com a
corrida do dia a dia e agora têm contas pendentes. “Não consegui pagar nos
caixas rápidos e usei uma lotérica, mas há limite para o recebimento de
contas”, conta.
Representantes de bancos e bancários
voltaram a negociar nesta quarta-feira. As conversas estavam suspensas desde o
dia 28 de setembro. O encontro foi solicitado pelos bancos, que são
representados pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Não havia definição
sobre o rumo do movimento até o fechamento da edição. (AE)
Quinta-feira, 06 de outubro, 2016
GOVERNO TEMER
NÃO CONSEGUE REUNIR ALIADOS PARA VOTAR CRÉDITO DO FIES
Após mais de cinco horas de sessão do
Congresso Nacional sem conseguir completar quórum para dar prosseguimento à
pauta de votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou a
reunião iniciada na quarta-feira, 5. Até mesmo membros da base do governo
criticaram a ausência de parlamentares aliados, que prejudicou a votação do
projeto que libera crédito para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O
governo Temer não faz os repasses para o programa desde julho.
Na pauta, constavam sete vetos
presidenciais, três destaques ao texto base da Lei de Diretrizes Orçamentária
de 2017 e projetos de lei, entre eles o que abre créditos suplementares para o
Fies. Mas, com muita dificuldade de reunir os parlamentares para cada votação,
apenas cinco vetos foram apreciados. "A oposição mais efetiva dessa noite
foi feita pela base do governo, com sua ausência", ironizou o senador de
oposição Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A oposição operou durante toda a
sessão para obstruir às votações, mesmo alegando que era favorável ao projeto
de crédito para os estudantes do Fies. Mas com o passar das horas e a
dificuldade de alcançar o número mínimo de 257 deputados para votar cada veto,
ficou claro que a maior dificuldade não estava em conter a obstrução, mas em reunir
membros da base aliada. Até mesmo a líder do governo no Congresso, senadora
Rose de Freitas (PMDB-ES), reclamou da ausência dos parlamentares e disse que
além de líder, precisa atuar também como "babá".
"A oposição não está errada em
obstruir, está no seu direito democrático. O que não está correto é que vários
líderes da base do governo não estejam aqui para votar com seus liderados. Não
há explicações que esses parlamentares vão poder dar amanhã para os estudantes
que precisam do Fies. Não há restaurante ou sono que seja mais importante que
isso", disse Rose de Freitas. A senadora se referia às várias ironias que
foram feitas durante a sessão, em que os parlamentares disseram que os demais
não estavam presentes porque estavam em um jantar de líderes ou muito
"dorminhocos".
Muitas críticas foram feitas também à
inabilidade do líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE). Em dado
momento, ele sequer foi encontrado em plenário. O deputado Heráclito Fortes
(PDT-PI), um dos parlamentares mais próximos da cúpula do governo Temer, também
criticou a ausência da base. "A culpa é da base do governo, é da liderança
que não se articulou. A culpa é do sapato alto", disse. O senador Ivo
Cassol (PP-RO) relembrou, sem mencionar nomes, da ausência do deputado Lúcio
Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel
Vieira Lima.
Medida Provisória. O maior prejuízo da
derrota do governo na sessão dessa madrugada foi não conseguir votar o projeto
que libera R$ 1,1 bilhão para o Ministério da Educação - sendo R$ 702,5 milhões
para o Fies. O governo Temer já atrasou três meses de repasses para as
instituições de ensino superior cadastradas no programa, o que tem
inviabilizado o funcionamento das universidades.
Sem consenso sobre uma data urgente
para tentar novamente votar a proposta no Congresso, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), encerrou a sessão fazendo um apelo para que o
governo envie o projeto em formato de medida provisória que, independentemente
da tramitação no Congresso, entra em vigor na data de edição. (AE)
Quinta-feira, 06 de outubro, 2016
TEMER REAFIRMA
QUE PRIORIDADE DO GOVERNO É GERAR EMPREGOS
O presidente Michel Temer reafirmou
que seu governo tem como prioridade a retomada do mercado de trabalho, em
conversa com jornalistas da Rede Bandeirantes. "Tudo o que fazemos é com
vistas a recuperar o emprego no País", afirmou, em entrevista exibida na
íntegra pelo Jornal da Noite, na madrugada desta quinta-feira. O material foi
exibido de forma compacta mais cedo, pelo Jornal da Band.
Temer se disse emocionado com a
história que afirmou ter ouvido de um casal de desempregados que, segundo ele,
exemplifica como a desocupação impede que o trabalhador viva dignamente. De
acordo com o relato, o pai foi questionado por um filho se não trabalhava mais.
"Ele ficou envergonhado com a pergunta." A partir de então, o homem
passou a sair de casa antes do café da manhã. "Veja que coisa
emocionante... Um dos fundamentos da Constituição é a dignidade da pessoa
humana."
Como forma de contribuir para a
retomada do emprego, Temer disse que vai ordenar a retomada de 1.219 pequenas
obras paradas no País, além de grandes projetos como a transposição do Rio São
Francisco e intervenções "de grande porte" no Rio Guaíba, em Porto
Alegre. "Estamos dimensionando essas obras. Quando o poder público leva
obras adiante, cria empregos", disse o presidente.
Sobre a transposição do São Francisco,
Temer afirmou que o repasse de R$ 10 milhões por mês para as obras foi
aumentado para R$ 30 milhões. Além disso, o governo federal agora busca
revitalizar o Rio, segundo o presidente.
A retomada do programa habitacional
Minha Casa Minha Vida e a ampliação dos limites de empréstimo para a aquisição
de imóveis também foram citados como exemplos de investimentos para a retomada
do emprego no País. (AE)
Quinta-feira, 06 de outubro, 2016
TCU PROÍBE
MANTEGA E AUGUSTIN DE EXERCEREM FUNÇÕES PÚBLICAS
O Tribunal de Contas da União (TCU)
decidiu nesta quarta-feira, 5, inabilitar o ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega e o ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin para o exercício de
cargos em comissão e funções de confiança no serviço público por
responsabilidade nas pedaladas fiscais de 2014. Os dois e mais seis
ex-integrantes da equipe econômica do governo Dilma Rousseff foram ainda
multados.
O TCU livrou de punições outros nove
gestores do governo da petista, inicialmente alvos da investigação aberta na
corte, entre eles o atual ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, e
os ex-ministros Nelson Barbosa (Fazenda), Tereza Campelo (Desenvolvimento),
Manoel Dias (Trabalho) e Gilberto Occhi (Cidades).
A decisão pela inabilitação seguiu o
entendimento do relator do processo, José Múcio Monteiro. A sanção a Mantega,
ministro da economia mais longevo do País, valerá por cinco anos; no caso de
Augustin, por oito. Na prática, eles agora ficam proibidos de ocupar postos de
destaque na administração pública.
Mantega e Augustin foram multados em
R$ 54 mil cada. O relator destacou o "maior nível de autoridade" dos
ex-titulares da Fazenda e do Tesouro.
O processo julgado nesta quarta
avaliava a responsabilidade de 17 autoridades nas manobras, que consistiram no
atraso de repasses do Tesouro para bancos públicos arcarem com despesas de
programas sociais e empréstimos subsidiados. Com isso, os saldos do governo
ficaram negativos nas instituições, que tiveram que cobrir os gastos com o
dinheiro depositado pelos correntistas.
O ex-subsecretário do Tesouro Marcos
Aucélio, subordinado de Arno, foi multado em R$ 30 mil. A maioria do plenário
entendeu que não cabia a inabilitação dele, inicialmente proposta por Múcio.
O ex-presidente do Banco Central
Alexandre Tombini e o diretor do Departamento Econômico do BC, Túlio José Lenti
Maciel, também foram condenados a pagar R$ 30 mil cada um. O tribunal
considerou que, ao não registrar os passivos referentes às pedaladas nas
estatísticas da dívida pública, contribuíram para maquiar as contas do País.
Por sugestão de Bruno Dantas, também
foram aplicadas sanções de R$ 30 mil aos ex-presidentes da Caixa Jorge Hereda,
do Banco do Brasil Aldemir Bendine (BB) e do BNDES Luciano Coutinho (BNDES). O
principal argumento é que eles não tomaram providências suficientes contra os
atrasos nos repasses da União, o que contribuiu para que as pedaladas
ocorressem.
Múcio e os demais ministros não
acolheram integralmente pareceres do Ministério Público de Contas e da área
técnica do TCU, que requeriam penalidades a mais autoridades, entre elas Dyogo
Oliveira e Nelson Barbosa. Os dois assinaram portarias que favoreceram as
pedaladas quando chefiaram interinamente a Fazenda, mas o tribunal concluiu que
elas não foram decisivas para as operações.
O procurador do MP de Contas, Júlio
Marcelo Oliveira, havia proposto a inabilitação de todos eles, além de Tombini
e Maciel. Ele informou ontem que vai recorrer da decisão do plenário. Também
foram absolvidos os ex-ministros Tereza Campelo (Desenvolvimento Social),
Manoel Dias (Trabalho) e Gilberto Occhi (Cidades).
Múcio sustentou em seu voto que devem
ser consideradas graves as infrações de Augustin e Mantega. Destacou que o
então ministro era o responsável pela administração financeira do País. Além
disso, assinou portarias que permitiram os atrasos aos bancos. "Tal agente
deveria ter ciência da ilicitude das operações e do impacto no endividamento
público."
"Merece menção, ainda, a ausência
de atenuantes para as condutas desses agentes (Mantega e Augustin), que chegam
a afirmar em suas defesas que, ao praticarem os atos, levaram em consideração a
'necessidade legal de se cumprir o resultado primário estabelecido', o que
acaba por confirmar a real intenção de, por meio de pagamentos de despesas
diretamente por bancos controlados, inflar artificialmente os resultados
fiscais da União, aproveitando-se da negligência do Banco Central na aplicação
da sua metodologia de apuração dessas estatísticas", justificou.
O relator considerou que, embora tenha
participado "no mínimo com omissão permissiva e negligência",
"certamente" os então dirigentes do BC "não foram os
idealizadores das manobras fiscais e tiveram papel menos decisivo do que os dos
gestores executivos vinculados diretamente ao Ministério da Fazenda".
O processo sobre as operações de 2014
foi o que consolidou o entendimento de que o governo Dilma usava os bancos
públicos para se financiar ilegalmente. Essa visão embasou a decisão da corte
de dar parecer pela reprovação das contas da presidente daquele ano e de 2015 -
neste último caso, em sessão ocorrida na manhã desta quarta-feira. As
conclusões também serviram de base para a acusação de crime fiscal contra a
presidente no processo do impeachment.
O TCU ainda vai analisar a
responsabilidades pelas pedaladas detectadas em 2015. Entre os investigados
está o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy.
O advogado de Aucélio, Luiz Fernando
Peres, afirmou que a punição aplicada é desproporcional. Ele argumentou que,
conforme notas técnicas e outros documentos do governo, a responsabilidade
pelos pagamentos aos bancos públicos era de Augustin, superior de seu cliente.
O representante de Mantega e Augustin,
Maurício Muriack, alegou que o TCU mudou de posição ao classificar as pedaladas
como operações de crédito ilegais. Ele defendeu que esse entendimento seja
aplicado a situações futuras, não cabendo a condenação dos dois. (AE)
Quinta-feira, 06 de outubro, 2016
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