O
presidente Jair Bolsonaro disse sábado (20/07), que não vai propor o fim da
multa de 40% sobre o salto do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de
empregados demitidos sem justa causa. “Em nenhum momento vocês vão me ouvir
falando de acabar com multa de 40% FGTS”, disse a jornalistas, em entrevista em
frente ao Palácio do Alvorada.
Ele
ponderou, no entanto, que a multa virou regra, uma vez que é difícil ocorrer,
segundo ele, demissões sem justa causa. “Dificilmente, você dá demissão por
justa causa. Mesmo dando, o cara entra com ação contra você. Dificilmente se
ganha ação nesse sentido. Os patrões pagam [a multa]”, disse.
“Assim
como quem estava empregado ficou mais difícil ser demitido, quem empregava
começou a não empregar mais pensando em possível demissão”, justificou. Apesar
disso, afirmou: “Não vou propor [o fim dos] 40%”.
Ontem
(19) à noite, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto divulgou nota à
imprensa negando qualquer estudo sobre o fim do pagamento da multa.
Saque
do FGTS
O
presidente disse ainda que domingo (21/07) fará uma reunião com ministros para
tratar do saque do FGTS. “A palavra final eu vou ouvir essa semana da equipe
econômica”, diz. O governo estuda liberar o saque de parte do saldo das contas
ativas e inativas do FGTS. A medida injetaria recursos capazes de estimular a
economia.
Segundo
o presidente, “pequenos acertos” estão sendo feitos. “Não queremos desidratar a
questão do Minha Casa, Minha Vida, que é importante para quem precisa de uma
casa. Não queremos ser irresponsáveis”. O programa do governo federal, que
oferece condições atrativas para o financiamento de moradias para famílias de
baixa renda, usa recursos do fundo.
Reforma
da Previdência
Bolsonaro
disse não acreditar que as críticas que fez a governadores do Nordeste terão
impacto na votação da reforma da previdência no Congresso Nacional. “O
parlamento não é tão raso como vocês estão pensando”, disse.
A
reforma da previdência foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.
A proposta ainda precisa ser aprovada na Casa em mais um turno de votação antes
de ser remetida para o Senado Federal, onde terá também que ser aprovada em
dois turnos de votação no plenário. (ABr)
Domingo,
21 de julho, 2019 ás 00:05
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