O
presidente Jair Bolsonaro afirmou na segunda-feira (29/07), por meio de seu
porta-voz, Otávio Rêgo Barros, que a invasão de telefones de autoridades
"é crime e ponto final". Foi uma referência à interceptação de
comunicações privadas do ministro Sergio Moro e diversas outras autoridades.
Investigação da Polícia Federal sobre o caso, batizada de Operação Spoofing,
prendeu quatro suspeitos do crime na semana passada.
"O
presidente tem se pronunciado, no entendimento de que essa ação de hackers tem
'a intenção de atingir a [Operação] Lava-Jato, o ministro Sergio Moro, atingir
a minha pessoa [Bolsonaro], tentar desqualificar, tentar desgastar o governo'.
E ressaltou que 'a invasão de telefones é crime e ponto final'", disse o
porta-voz, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.
O
principal suspeito de invadir as comunicações privadas de autoridades, Walter
Delgatti Neto, afirmou, em depoimento, que foi ele quem entregou
voluntariamente o conteúdo das mensagens ao jornalista norte-americano Glenn
Greenwald e que não foi pago para isso.
Greenwald
é fundador do site The Intercept, que tem divulgado as trocas de mensagens
atribuídas a procuradores da Lava Jato e ao ministro da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro, então juiz que comandava as ações da operação em Curitiba.
No
fim de semana, Bolsonaro disse que Glenn Greenwald "talvez pegue uma cana
aqui no Brasil". Segundo o porta-voz do governo, trata-se de uma
"percepção pessoal" do presidente. (ABr)
Terça-feira,
30 de julho, 2019 ás 00:05
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