O
Brasil caiu uma posição e repetiu sua pior nota no ranking mundial de percepção
de combate à corrupção, elaborado pela Transparência Internacional, em 2019. Ao
registrar 35 pontos, o país igualou a nota de 2018, sua mais baixa da série
histórica iniciada há sete anos, e ficou em 106º lugar em uma lista de 180
nações – na mesma posição de Albânia, Argélia, Costa do Marfim, Egito,
Macedônia e Mongólia, e atrás de vizinhos latino-americanos, como Argentina
(66º), Cuba (60º) e Colômbia (96º). A colocação do país no Índice de Percepção
da Corrupção (IPC) caiu pelo quinto ano seguido. Em 2018, o Brasil era o 105º.
No
topo da lista, estão Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia, os países
considerados menos corruptos por seus cidadãos. Já com as notas mais perto de
zero, e avaliados como menos íntegros, estão Síria, Sudão do Sul e Somália. Na
América do Sul, os piores postos ficam com Nicarágua (161º), Haiti (168º) e
Venezuela (173º).
O
resultado do ano passado marca o primeiro do governo do presidente Jair Bolsonaro.
“A corrupção continua sendo um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento
econômico e social do Brasil. Com uma pontuação de 35, a mais baixa do IPC
desde 2012, o Brasil continua estancado”, destaca o estudo. “Depois das
eleições de 2018, em que a agenda anticorrupção teve um protagonismo, o Brasil
experimentou uma série de retrocessos em seu marco legal e institucional contra
a corrupção. E também enfrenta dificuldades para adiantar reformas amplas no
sistema política. ”
O
IPC classifica os países de acordo com a percepção de investidores, acadêmicos,
executivos e estudiosos na área de transparência sobre quão corrupto é o setor
público. Entre os aspectos analisados, estão propina, desvio de recursos
públicos, nepotismo, excesso de burocracia e capacidade de governos para conter
a corrupção. (Com a Veja)
Quinta-feira,
23 de janeiro, 2020 ás 11:00
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