O
repórter Leo Branco, edição de quarta-feira de O Globo, destaca a importância
da educação como estrada básica para o desenvolvimento econômico e social de um
país. Perfeito. A educação é mais ampla do que aquela que fundamentalmente é
ministrada nas salas de aula. Mas educar é informar e a informação é o
instrumento essencial e o insubstituível para a evolução humana. A educação
segue vários estágios e hoje a ela é acrescentado mais um: informar é fornecer
meios concretos para não só desenvolver a alfabetização como também a
capacidade de analisar.
A
reportagem focaliza sobretudo o ensino on line, destacando seus efeitos
positivos. Mas temos que analisar o processo a partir de sua base.
O
processo educacional começa na indispensável assistência através da rede de
creches. Porque nas creches as crianças recebem alimentação e participam de um
programa importante que é o da socialização.
Quando
o engenheiro Luis Fernando da Silva Pinto presidiu a Legião Brasileira de
Assistência (LBA) foi realizada pesquisa comparativa bastante importante.
Verificou-se que os índices de reprovação nas duas primeiras séries do curso
primário eram de 47%. (1º grau).
Havia
no país 8 milhões de alunos nessas séries. Porém, quando as crianças tinham
passado por creches a taxa de reprovação caia para 20%.
A
diferença estava no efeito de um processo de integração que causava reflexos
amplamente positivos na população infantil, sobretudo na de menor renda. Além
disso, permitia às mães poderem trabalhar deixando seus filhos em confiança.
Este
aspecto social até hoje tem de ser levado em conta. Os leitores mais jovens
devem estranhar quando cito ensino primário, uma nomenclatura substituída por
primeiro grau/fundamental. Além disso, mantendo as crianças ocupadas nas
creches e escolas, conseguiremos reduzir uma série de problemas, a começar pela
segurança.
Portanto,
ao se analisar o processo educacional, na minha opinião tem de se destacar a
importância da fase pré-escolar, que só as redes de creches podem oferecer.
Trata-se
de uma base de partida, alavancagem para o futuro imediato. Aliás, por falar em
futuro, considero que um professor, sendo eficiente, pode se tornar um autor do
amanhã, um arquiteto do futuro. Para isso, basta que ele assuma o comportamento
de um doador de informações e não de um cobrador de conhecimentos recém
transmitidos. É como se fosse o professor um jogador de meio campo que arma a
jogada do futebol para abastecer o ataque.
Por
falar em educação, seria importante para o MEC realizar pesquisa sobre o número
de alunos matriculados desde a rede de creche à formação universitária. Os
números que resultarem poderão servir de base para um projeto bastante amplo a
ser lançado na linha do horizonte.
Pedro do Coutto
Seja um membro desse blog e compartilhe com seus amigos nas redes sociais
Quinta
- feira, 02 de Janeiro, 2020 ás 11:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário