O
presidente Jair Bolsonaro editou medida provisória (MP) que aumenta o salário
mínimo de R$ 998 para em R$ 1.039 a partir dequarta-feira (1º/01). O novo valor
corresponde ao reajuste da inflação do ano, que encerrou 2019 em 4,1%, segundo
o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
É
a primeira vez na história que o salário mínimo ultrapassa a faixa de R$ 1 mil
desde o início do Plano Real, em 1994. A MP foi publicada em edição extra do
Diário Oficial da União ainda na terça-feira (31/12).
Em
relação à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, aprovada pelo Congresso
Nacional há duas semanas, o valor ficou R$ 8 mais alto. Isso porque a previsão
anterior do governo federal para a inflação de 2019 era de 3,3%, mas o
percentual acabou ficando em 4,1%, de acordo com a última estimativa medida
pelo IBGE.
Em
nota, o Ministério da Economia informou que o aumento do valor da carne nos
últimos meses pressionou o crescimento geral nos preços no final do ano,
ampliando o percentual de inflação apurado.
"Anteriormente,
o governo projetou o salário mínimo de R$ 1.031 por mês para 2020, conforme a
Mensagem Modificativa ao Projeto da Lei Orçamentária de 2020 (PLOA-2020). A
recente alta do preço da carne pressionou a inflação e, assim, gerou uma
expectativa de INPC mais alto, o que está refletido no salário mínimo de 2020.
Mas como o valor anunciado ficou acima do patamar anteriormente estimado, será
necessária a realização de ajustes orçamentários posteriores, a fim de não
comprometer o cumprimento da meta de resultado primário e do teto de gastos
definido pela Emenda Constitucional nº 95", informou a pasta.
Até
o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei,
previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto
(PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre
2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do
país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses
dois anos.
O
governo estima que, para cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, as despesas
elevam-se em R$ 355,5 milhões, principalmente por causa do pagamento de
benefícios da Previdência Social, do abono salarial e do seguro-desemprego,
todos atrelados ao mínimo.
ABr
Bem vindos a 2020
Quarta
- feira, 1º de Janeiro, 2020 ás 11:00
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