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10 de dezembro de 2012

CHOQUE DE PODERES CONFRONTA JOAQUIM E MAIA




Portal 247 =

Se é que haverá uma crise institucional no País a partir de um confronto entre os poderes Judiciário e Legislativo, ela pode ter o primeiro passo nesta segunda-feira 10. Os ministros do Supremo Tribunal Federal devem finalmente dar andamento na discussão sobre a perda de mandatos dos deputados condenados na Ação Penal 470, ato que a Câmara dos Deputados enxerga que é ela que deve decidir. Na última sessão, da quinta-feira 6, o relator do processo e presidente do STF, Joaquim Barbosa, pediu a cassação de três parlamentares: João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).

Tanto Joaquim Barbosa quanto o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), se baseiam no artigo 55 da Constituição Federal para a interpretação de que são eles os responsáveis por tomarem a decisão final no caso. Maia defende que só o Congresso pode tirar o mandato de um parlamentar e que o STF não tem esse poder, mesmo baseado em sentença criminal. Já para Barbosa, após o Supremo bater o martelo, caberia à Câmara apenas declarar a decisão.

Diz o texto: perderá o mandato o deputado ou senador que "sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado", ou seja, que não tem mais direito a recursos na Justiça. Por isso o presidente do STF bate na tecla de que encaminhará o caso já decidido para o Congresso, no caso a Câmara, por se tratar de deputados, apenas declarar. Maia usa como base o parágrafo segundo do mesmo artigo, que diz: "a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa".

Num artigo publicado na edição desta segundo do jornal O Globo, o pesquisador da FGV Direito do Rio de Janeiro, Diego Werneck Arguelhes, traz à tona a seguinte questão: "O STF não pode ser o 'solucionador-geral' dos problemas nacionais. O combate à corrupção exige cooperação entre poderes". O acadêmico lembra que a separação de poderes "não é necessariamente um jogo de soma zero, em que só ganha quem dá a palavra final". Pelo contrário, ele conclui: "Essa partilha de responsabilidade fortalecerá a democracia".

Enquanto isso, Barbosa sugeriu na última sessão, com um tom de provocação, que mandassem então a proposta de cassação à Câmara e ela que fizessse o que bem entendesse. "Vamos deixar consignada a perda e se a Câmara decidir que vai proteger este ou aquele parlamentar, ela que arque com a consequência". Do outro lado, o deputado reafirma que não irá cumprir a palavra da corte e que aguarda do Supremo "uma decisão olhando para a Constituição e para o equilíbrio entre os poderes".

Segunda-feira 10 de dezembro

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