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Comissão se reúne nesta
quinta para pedir informações financeiras de figuras ligadas a Cachoeira. Ida
de Perillo, Agnelo e Cabral fica fora da pauta
A CPI do Cachoeira se reúne na manhã desta
quinta-feira para votar requerimentos de quebra de sigilo fiscal e bancário de
pessoas ligadas à quadrilha do contraventor Carlinhos Cachoeira e de empresas
controladas pelo chefe da máfia dos caça-níqueis em Goiás.
A comissão também
pedirá ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ligado ao
Ministério da Fazenda, informações sobre movimentações financeiras atípicas de
figuras como o ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish, o senador Demóstenes
Torres (sem partido-GO) e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).
Os pedidos de convocação de governadores
devem ficar mais uma vez fora da discussão. "Vai ser uma pauta técnica,
unicamente para votar quebras de sigilo que precisam chegar com rapidez para
municiar a ação dos parlamentares", contou o presidente da CPI, senador
Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB). Segundo ele, os pedidos de convocação de
governadores serão votados "mais para a frente". A agenda da CPI em
maio já está cheia.
O fato de o PT e o PSDB serem atingidos
simultaneamente pelas denúncias contribui para o impasse. O brasiliense Agnelo
Queiroz (PT), o goiano Perillo e o fluminense Sérgio Cabral (PMDB) são os
principais governadores ameaçados pelas investigações. "Se forem colocar em
pauta, queremos discutir a convocação dos três", disse o líder do PSDB no
Senado, Alvaro Dias (PR), numa demonstração do clima político reinante na CPI.
O senador Humberto Costa (PT-PE) também
concorda que os requerimentos de convocação dos governadores devem ficar para
depois. "Acho que nós temos que votar aquilo que já estava acertado",
afirmou Costa, referindo-se aos pedidos de quebra de sigilo. Seguindo o
discurso adotado pelos governistas, o senador também defende que as
investigações sobre a construtora Delta se restrinjam à atuação da empresa na
região Centro-Oeste, o que pouparia a gestão petista no plano federal.
A CPI marcou para a próxima terça-feira
aquele que deve ser o principal depoimento da comissão: o do próprio Carlinhos
Cachoeira. A oitiva estava marcada para esta terça, mas Foi adiada porque
a defesa do contraventor obteve uma decisão favorável no Supremo Tribunal
Federal (STF). Agora, Com acesso aos autos, Cachoeira fica sem argumentos para
tentar impedir novamente sua ida ao Congresso.
Quinta - feira 17/5/2012 ás 6:50h
Postado pelo Editor
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