Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

25 de maio de 2012

CPI: EX-VEREADOR CONTRADIZ PERILLO SOBRE VENDA DE CASA



O Globo / Ailton de Freitas =

Depoente afirma à CPI que ele, e não o governador de Goiás, vendeu o imóvel

O ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Wladimir Garcez, contradisse a versão do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) para explicar a venda de uma casa em condomínio de luxo, que serviu ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Garcez afirmou à CPI do Congresso que comprou a casa por R$ 1,4 milhão, com dinheiro que pediu emprestado ao ex-diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu, e a Carlinhos Cachoeira. O governador sustenta que vendeu o imóvel para o empresário Walter Paulo, um dos homens mais ricos de Goiás, e que o ex-vereador serviu apenas de intermediário no negócio. 

 O governador me disse que estava vendendo sua casa. Eu conhecia a casa e queria adquiri-la. Eu não dispunha, na época, do dinheiro. Então, pedi ao Cláudio, meu patrão, e ao Carlinhos que me emprestassem R$1,4 milhão, para eu repassar ao governador — afirmou Garcez à CPI.

O ex-vereador disse que a casa só foi repassada a Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão, por não ter conseguido o dinheiro para acertar os empréstimos contraídos junto a Cláudio Abreu para a compra. Segundo Garcez, Abreu o pressionava para acertar os empréstimos. 

O ex-diretor da Delta teria repassado ao vereador três cheques que ele não se lembra de quem eram. Para a CPI, o ex-vereador, preso há 86 dias, afirmou que trabalhava como consultor da Delta e de Cachoeira, recebendo por mês R$ 20 mil e R$ 5 mil, respectivamente.

— Comprei a casa do governador e pedi um prazo. Eu a ofereci ao professor Walter Paulo, que ficou de pensar. Mostrei a casa ao professor, e ele disse que só tinha como pagar em julho, e que, se até lá, eu não a tivesse vendido para outro, ele ficaria com ela por esse valor de R$1,4 milhão. (…) Eu a vendi pelo valor de R$1,4 milhão. Recebi em dinheiro e repassei ao Cláudio, quitando, assim, a dívida dos três cheques — explicou o ex-vereador.

À CPI, o delegado da Operação Monte Carlo, Matheus Mella Rodrigues, afirmou que a casa foi paga com três cheques nominais a Perillo, assinados pelo sobrinho de Carlinhos Cachoeira. Garcez disse que Cláudio Abreu lhe forneceu três cheques: dois, de R$ 500 mil e, outro, de R$ 400 mil, entre os meses de março, maio e junho de 2011. Disse ainda que o dinheiro foi entregue a Lúcio, assessor do governador.

No começo deste mês, em resposta ao GLOBO, Marconi Perillo informou que “inicialmente, ele (Garcez) demonstrou interesse em adquirir o imóvel. Depois, disse que havia atuado como intermediário à venda ao professor Walter Paulo”.

Segundo Garcez, ele repassou a casa ao professor Walter Paulo porque temia perder o emprego na Delta, devido à dívida com Cláudio Abreu. Ao final, disse, acabou faturando uma comissão de R$ 100 mil paga pelo professor. O ex-vereador também apresentou uma versão para a temporada que Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira, passou na casa do governador. 

Disse que pediu a casa emprestada a Walter Paulo para que Andressa lá ficasse até que seu próprio imóvel, no mesmo condomínio, estivesse pronto. A tal casa de Andressa teria sido comprada pelo suplente do senador Demóstenes Torres, Wilder Morais, ex-marido de Andressa e secretário de Infraestrutura de Marconi Perillo. Mas, segundo Garcez, Andressa “foi ficando” na antiga casa do governador.

Nesta quinta-feira, o professor Walter Paulo Santiago encaminhou uma carta ao presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), na qual corrobora a versão apresentada pelo governador. Ele diz que o negócio foi concretizado em moeda corrente para Lúcio Fiúza, homem de confiança de Marconi, no dia 12 de julho, e para o próprio Garcez. “Importante registrar que o mesmo recebeu o numerário a ser entregue ao antigo proprietário”, diz o professor na carta.

Ele informa, no documento, que em nenhum momento esteve pessoalmente com o governador para negociar ou pagar pelo imóvel. Tudo teria sido feito pela intermediação do ex-vereador.

Santiago diz que emprestou o imóvel a Garcez porque este lhe contou que precisava de um lugar para uma amiga. Os dois teriam acertado devolver o imóvel no fim de 2011, mas a data acabou se estendendo até fevereiro deste ano.

Sexta – feira 25/5/2012 ás 11:20h
Postado pelo Editor

Nenhum comentário:

Postar um comentário