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Para revisor do processo no
Supremo, essa é a expectativa dos ministros e da sociedade
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo
Tribunal Federal (STF), revisor da ação penal sobre o mensalão, garantiu nesta
sexta-feira, 18, em Curitiba (PR), que o processo será julgado ainda este ano.
“Este ano ainda julgaremos. A expectativa é não só dos ministros, mas da
sociedade e também minha”, acentuou.
Para que isso ocorra, Lewandowski declarou
que tem trabalhado “intensamente”. “A equipe de meu gabinete está praticamente
toda dedicada a isso”, reforçou. “Quanto mais cedo puder julgar é melhor.
Estamos trabalhando para ser o mais rápido possível.”
O ministro ponderou, no entanto, que tem
muitos outros trabalhos além do processo do mensalão, e que trabalha às noites
e fins de semana. “No meu gabinete há o processo que envolve a CPI do
Cachoeira, tem muita coisa para fazer”, afirmou, durante o Congresso Brasileiro
de Direito Eleitoral.
Mais tarde, a ministra Cármen Lúcia, que
também participou do evento, disse que está pronta para o julgamento. “Da minha
parte, estarei habilitada a votar na hora em que ele for colocado em pauta”,
garantiu. “Nós somos servidores e queremos dar respostas o mais rápido
possível.” Ela reforçou que está “estudando há algum tempo” o processo, assim
como seus colegas.
No entanto, disse que não tinha como prever uma data, visto que dependeria do relator, ministro Joaquim Barbosa, que já o entregou ao revisor, Ricardo Lewandowski, e, finalmente, do presidente do STF, ministro Ayres Britto, colocar em pauta.
Segundo Cármen Lúcia, a demora deve-se ao
fato de que não é comum ações penais serem apreciadas no STF, além do que há 38
réus e mais de 600 testemunhas. “É um processo longo”, ponderou. “Se fosse
(julgado) em primeira instância, o juiz talvez não tivesse todo o aparato
necessário para chegar a esse julgamento.”
Ficha limpa. Presidente do
Tribunal Superior Eleitoral, a ministra disse que esta será a primeira eleição
com a Lei da Ficha Limpa em sua integralidade. “Todo o rigor será aplicado no
sentido de que a lei seja cumprida”, afirmou.
“A lei tem eficácia jurídica e
social, pois teve iniciativa dos cidadãos que esperam que ela seja cumprida.”
No entanto, ela acredita que o cidadão tem se
mostrado mais atento. “Sabe que não é só votar, mas ter ciência de quem é o
candidato”, disse.
Cármen Lúcia manifestou apreensão em relação
ao número de juízes que trabalharão nas eleições de outubro. Ela disse que, no
curso de um ano, já foram enviadas 27 listas de juízes efetivos e substitutos
para a Presidência da República.
Ela destacou que recentemente voltou a
encaminhar as listas demonstrando sua preocupação. “Acredito que a presidente
vai atender”, reforçou a ministra.
Sábado 19/5/2012
ás 6:05h
Postado pelo
Editor
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