Texto : Afrânio Pedreira =
Missa também foi um desagravo
pela destruição da imagem
Mais de duas mil pessoas se
reuniram na manhã da última terça-feira, dia primeiro de maio, no início da Av.
JK, no Jardim Brasília, para assistirem a missa de celebração do dia do trabalhador, de São José Operário e o
desagravo de comunidades católicas de Águas Lindas de Goiás pela destruição da
imagem de Nossa Senhora Aparecida, ocorrida na tarde do último dia 25, pelo
evangélico Rafael de Araújo Teixeira, de 19 anos, que se dizia enviado de
Cristo.
O ato religioso, realizado a céu aberto, foi celebrado pelo frei Gilberto
de Jesus da Igreja São Maximiliano e teve a participação de várias comunidades
católicas da cidade. O prefeito Geraldo Messias, a primeira dama e secretária
de Ação Social, Cidadania e Trabalho, Luzia de Fátima e a mãe de Messias, Dona
Regina, fizeram questão de comparecer ao ato de fé cristã.
Católico praticante, tendo
inclusive sido coroinha e ministro de eucaristia, o prefeito classificou o ato
de destruição da imgaem, que ficava em meio a um lençol de água logo na entrada
do bairro, região central da cidade de
vandalismo. “Não sei o que levou esse rapaz a fazer uma coisa dessa. Além da
estima dos católicos, a imagem é um patrimônio público”, disse Messias.
Imagem antes dadestruição
Segundo ele, a pedido da
comunidade católica aguaslindense, a imagem já está sendo restaurada e, ao
invés do antigo tamanho, cerca de um metro e meio, a nova Nossa Senhora
Aparecida vai medir cinco metros de altura. A notícia agradou a todos no local.
“Eu achei a atitude dele
horrível. Se ele não acredita em Nossa Senhora, todos nós aqui nessa missa
acreditamos e louvamos a mãe de Jesus. Ele devia estar louco”, disse uma
estudante que não quis ter o nome revelado. E no local, centenas de pessoas
comungaram da mesma opinião da estudante. “É um louco”, afirmaram alguns.
Sobre a atitude de Rafael,
que destruiu os rostos da imagem, que era de dupla face, utilizando uma mareta,
o frei Gilberto diz que não quer e que ninguém deve culpar uma pessoa, mas
culpar uma mentalidade fundamentalista que provoca o mau. O religioso acredita
que o jovem Rafael, no momento da destruição da imagem, estava imbuído dessa
“mentalidade”. “Não o condenamos com nenhuma agressão. Nos manifestamos com
ações pacíficas. Em oração para demonstrarmos nossa fé”, ressaltou.
Quando da ação destruidora de
Rafael, segundo pessoas que se encontravam no local, ele parecia transtornado.
Para contê-lo, foi preciso a intervenção de várias pessoas que, uma vez
revoltados com o ato do rapaz, quiseram linchá-lo. A ação foi contida pela polícia militar.
Agora, Rafael de Araújo Teixeira vai responder judicialmente
por crime de destruição do patrimôniopúblico. No caso de condenação, o delito prevê pena entre um mês a um ano de prisão, podendo ser
substituída por serviços prestados à comunidade ou pelo pagamento de cestas
básicas.
Texto : Afrânio Pedreira
Fotos : Beto Castanheiro
Quarta –feira 2/5/2012 ás
21:05h
Postado pelo Editor
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