Se não é, seja nosso novo seguidor

Cadastre-se você também, ja somos 46 brothers no Clube Vip *****

3 de maio de 2012

RELATOR PEDE ABERTURA DE PROCESSO QUE PODE CASSAR DEMÓSTENES TORRES


Agência Estado =
Para Humberto Costa, senador goiano mentiu e isso configura quebra de decoro parlamentar

O relator do processo contra Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética do Senado Federal, senador Humberto Costa (PT-PE), apresentou na manhã desta quinta-feira (3/5) seu relatório pedindo a cassação de Demóstenes por ter mentido no plenário e ter atuado em favor de Carlinhos Cachoeira, atingindo a imagem da Casa.
– O que está em debate não é a imagem do parlamentar individualmente considerada, mas a do Parlamento. Se os atos foram praticados no exercício mandato do senador projetando-se para a atualidade e atingem a imagem do Senado Federal não há que se alegar ilegítima a inauguração de um projeto investigatório.

No próximo dia 8 de maio, os integrantes da comissão voltam a se reunir para votar o relatório e decidir se seguem a decisão do relator de pedir cassação do senador goiano.

Demóstenes é suspeito de participar de um suposto esquema de exploração de jogos ilegais, como o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis, comandado pelo empresário Carlos Ramos Araújo, o Carlinhos Cachoeira. A quadrilha, desmontada pela Polícia Federal na operação Monte Carlo, atuava em Goiás e no Distrito Federal.

Gravações feitas pela PF com o aval da Justiça revelaram a ligação entre o senador e o bicheiro e apontaram, inclusive, que Demóstenes recebia dinheiro de Cachoeira e atuava em favor de seus interesses no Congresso.

Discurso

O relator fez questão de reforçar que obedeceu os critérios regimentais e que não usou as provas colhidas pela PF e vazadas na imprensa. Segundo ele, as provas não chegaram oficialmente às mãos dele e por isso não constam do relatório. Ele considerou prioritários seis indícios de "prática de atos contrários à ética e decoro parlamentar".

Demóstenes teria conhecimento das atividades ilícitas de Cachoeira; teria atuado como parlamentar de forma a prevalecer os interesses do bicheiro nos jogos de azar; teria faltado com a verdade no discurso de 6 de março ao afirmar que possuía apelas relações sociais com o contraventor; teria recebido valor questionável como presente de casamento; teria recebido vantagem indevida ao aceitar um celular-rádio Nextel de Cachoeira; e teria tratado em um telefonema sobre o uso de uma aeronave com o bicheiro.

Para reforçar sua argumentação, Humberto Costa pesquisou discursos e citações públicas de Demóstenes, nos quais ele se contradiz sobre suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.

O senador goiano diz, por exemplo, que não conhecia os trabalhos ilegais do bicheiro e depois gravações vazadas mostram ele conversando com Cachoeira sobre a exploração de jogos ilegais e se dispondo a ajudar o contraventor em projetos de lei que discutiam o tema. 

Humberto Costa também usou o caso da cassação de Luiz Estevão, dizendo que o julgamento do Senado sobre quebra de decoro não tem nada a ver com processos judiciais, e sim com questões ligadas à imagem da Casa.

– Para que se configure quebra de decoro, não é necessário ter praticado conduta que fira o codigo penal. Basta que em juízo político se chegue à conclusão que houve quebra de decoro e falta de decência nas atividades parlamentares.

A representação que pediu a abertura de processo disciplinar contra Demóstenes foi feita pelo PSOL e admitida pelo Conselho de Ética, em março deste ano.

Quinta –feira 3/5/2012 ás 12:05h
Postado pelo Editor

Nenhum comentário:

Postar um comentário