Agência Estado
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Para Humberto Costa, senador goiano mentiu e isso configura quebra de
decoro parlamentar
O relator do processo contra Demóstenes
Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética do Senado Federal, senador
Humberto Costa (PT-PE), apresentou na manhã desta quinta-feira (3/5) seu
relatório pedindo a cassação de Demóstenes por ter mentido no plenário e ter atuado
em favor de Carlinhos Cachoeira, atingindo a imagem da Casa.
– O que está em
debate não é a imagem do parlamentar individualmente considerada, mas a do
Parlamento. Se os atos foram praticados no exercício mandato do senador
projetando-se para a atualidade e atingem a imagem do Senado Federal não há que
se alegar ilegítima a inauguração de um projeto investigatório.
No próximo dia 8 de maio, os integrantes da comissão voltam a se reunir para votar o relatório e decidir se seguem a decisão do relator de pedir cassação do senador goiano.
Demóstenes é suspeito de participar de um suposto esquema de exploração de jogos ilegais, como o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis, comandado pelo empresário Carlos Ramos Araújo, o Carlinhos Cachoeira. A quadrilha, desmontada pela Polícia Federal na operação Monte Carlo, atuava em Goiás e no Distrito Federal.
Gravações feitas pela PF com o aval da Justiça revelaram a ligação entre o senador e o bicheiro e apontaram, inclusive, que Demóstenes recebia dinheiro de Cachoeira e atuava em favor de seus interesses no Congresso.
Discurso
O relator fez questão de reforçar que obedeceu os critérios regimentais e que não usou as provas colhidas pela PF e vazadas na imprensa. Segundo ele, as provas não chegaram oficialmente às mãos dele e por isso não constam do relatório. Ele considerou prioritários seis indícios de "prática de atos contrários à ética e decoro parlamentar".
Demóstenes teria conhecimento das atividades ilícitas de Cachoeira; teria atuado como parlamentar de forma a prevalecer os interesses do bicheiro nos jogos de azar; teria faltado com a verdade no discurso de 6 de março ao afirmar que possuía apelas relações sociais com o contraventor; teria recebido valor questionável como presente de casamento; teria recebido vantagem indevida ao aceitar um celular-rádio Nextel de Cachoeira; e teria tratado em um telefonema sobre o uso de uma aeronave com o bicheiro.
Para reforçar sua argumentação, Humberto Costa pesquisou discursos e citações públicas de Demóstenes, nos quais ele se contradiz sobre suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
O senador goiano diz, por exemplo, que não conhecia os trabalhos ilegais do bicheiro e depois gravações vazadas mostram ele conversando com Cachoeira sobre a exploração de jogos ilegais e se dispondo a ajudar o contraventor em projetos de lei que discutiam o tema.
No próximo dia 8 de maio, os integrantes da comissão voltam a se reunir para votar o relatório e decidir se seguem a decisão do relator de pedir cassação do senador goiano.
Demóstenes é suspeito de participar de um suposto esquema de exploração de jogos ilegais, como o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis, comandado pelo empresário Carlos Ramos Araújo, o Carlinhos Cachoeira. A quadrilha, desmontada pela Polícia Federal na operação Monte Carlo, atuava em Goiás e no Distrito Federal.
Gravações feitas pela PF com o aval da Justiça revelaram a ligação entre o senador e o bicheiro e apontaram, inclusive, que Demóstenes recebia dinheiro de Cachoeira e atuava em favor de seus interesses no Congresso.
Discurso
O relator fez questão de reforçar que obedeceu os critérios regimentais e que não usou as provas colhidas pela PF e vazadas na imprensa. Segundo ele, as provas não chegaram oficialmente às mãos dele e por isso não constam do relatório. Ele considerou prioritários seis indícios de "prática de atos contrários à ética e decoro parlamentar".
Demóstenes teria conhecimento das atividades ilícitas de Cachoeira; teria atuado como parlamentar de forma a prevalecer os interesses do bicheiro nos jogos de azar; teria faltado com a verdade no discurso de 6 de março ao afirmar que possuía apelas relações sociais com o contraventor; teria recebido valor questionável como presente de casamento; teria recebido vantagem indevida ao aceitar um celular-rádio Nextel de Cachoeira; e teria tratado em um telefonema sobre o uso de uma aeronave com o bicheiro.
Para reforçar sua argumentação, Humberto Costa pesquisou discursos e citações públicas de Demóstenes, nos quais ele se contradiz sobre suas ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
O senador goiano diz, por exemplo, que não conhecia os trabalhos ilegais do bicheiro e depois gravações vazadas mostram ele conversando com Cachoeira sobre a exploração de jogos ilegais e se dispondo a ajudar o contraventor em projetos de lei que discutiam o tema.
Humberto Costa também usou o caso da cassação de
Luiz Estevão, dizendo que o julgamento do Senado sobre quebra de decoro não tem
nada a ver com processos judiciais, e sim com questões ligadas à imagem da
Casa.
– Para que se configure quebra de decoro, não
é necessário ter praticado conduta que fira o codigo penal. Basta que em juízo
político se chegue à conclusão que houve quebra de decoro e falta de
decência nas atividades parlamentares.
A representação que pediu a abertura de processo disciplinar contra Demóstenes foi feita pelo PSOL e admitida pelo Conselho de Ética, em março deste ano.
A representação que pediu a abertura de processo disciplinar contra Demóstenes foi feita pelo PSOL e admitida pelo Conselho de Ética, em março deste ano.
Quinta –feira 3/5/2012 ás 12:05h
Postado pelo Editor
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