Brasil 247 =
No dia do terceiro #foramarconi em um mês, sai à notícia de que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, irá abrir inquérito contra o governador Marconi Perillo, de Goiás, assim como fez em relação a Agnelo Queiroz, do Distrito Federal
Foi preciso que o próprio governador de
Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, pedisse para ser investigado para que o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidisse tomar uma atitude.
Neste sábado, o jornalista Josias de Souza, da Folha, acaba de postar que a
decisão de abrir o inquérito foi tomada por Gurgel, que vinha sendo criticado –
e pode ser convocado pela CPI – por ter engavetado por três anos as denúncias
contra o senador Demóstenes Torres.
Agora, já são dois os governadores
investigados por Gurgel: o petista Agnelo Queiroz, do Distrito Federal, e o
tucano Marconi Perillo, de Goiás, além do senador Demóstenes. Neste sábado,
pela terceira vez em um mês, os goianos foram às ruas no movimento
#foramarconi.
Leia, abaixo, o post de Josias de Souza:
Roberto Gurgel, o procurador-geral da
República, decidiu pedir ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) que abra
inquérito para investigar também o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB).
Há dez dias, ele já havia informado que iria requerer a instauração de processo
contra o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT).
Ambos foram mencionados no inquérito da
Operação Monte Carlo, que investiga as atividades ilegais de Carlinhos
Cachoeira. Deseja-se saber agora se houve envolvimento dos governadores com os
negócios ilícitos da quadrilha do pós-bicheiro.
Depois que Gurgel anunciou a decisão de acionar
Agnelo, Marconi antecipou-se. Por meio do advogado Antonio Carlos de Almeida
‘Kakay’ Castro, o governador tucano pediu ao procurador-geral que abrisse
inquérito contra ele no STJ. Será atendido.
Ouvido pelo blog, Kakay disse não ter sido
comunicado sobre a novidade. Mas reagiu com naturalidade: “O governador Marconi
pediu para ser investigado. É normal e até desejável que o procurador-geral
adote essa providência. É a obrigação dele.”
De acordo com o que apurou o blog, Gurgel
decidiu ainda realizar uma análise preliminar dos negócios do governo do Rio,
chefiado por sérgio Cabral, com a Delta Construções, sob investigação no
Cachoeiragate. A procuradoria requisitou os contratos. Serão submetidos a um
pente-fino.
Cabral não foi citado nos inquéritos do caso
Cachoeira. Mas sua amizade com o dono da Delta, Fernando Cavendish, antes
apenas insinuada, foi exposta em vídeos e fotos que ganharam o noticiário. Daí
a intenção de verificar se o relacionamento pessoal afetou os contratos.
Pela Constituição, governadores e
congressistas dispõem de foro privilegiado. São processadas e julgados em
tribunais distintos: os executivos estaduais no STJ, os deputados e os
senadores no STF.
Confirmando-se o pedido de abertura de
inquéritos contra Marconi e Agnelo, serão cinco os políticos levados à grelha
do Judiciário por conta das suspeitas de relacionamento impróprio com
Cachoeira.
Já correm no Supremo inquéritos contra o
senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), e três deputados: Carlos Leréia
(PSDB-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ). O realator de
todos eles é o ministro Ricardo Lewandowski.
Sábado 05/5/2012 ás
19:56h
Postado pelo Editor