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20 de setembro de 2012

JUIZ ELEITORAL PRENDE ESCRITOR NA UFG DE CATALÃO




 24/7 =

O juiz eleitoral da 8ª Zona Eleitoral de Catalão, André Luiz Novaes Miguel, pessoalmente entrou no Campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) de Catalão, por volta das 21h30, na quarta-feira, 19, e deu ordem de prisão ao escritor Cristiano Silva que autografava exemplares do seu livro "Operação Ouro Negro".
Atendendo a uma representação do PMDB local, que alega que o material foi escrito tendo como base provas que teriam sido anuladas pela Justiça, o magistrado promoveu uma série de atos “inusitados” e saiu do local sob forte vaia dos estudantes, que classificaram a ação como arbitrária. No momento da prisão, um carro da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Catalão foi visto fotografado no local.
Estudantes e professores alegaram que o campus é inviolável e não poderia ter sido “invadido” pelo magistrado e pelos policiais militares que o acompanhavam. Sob os gritos de “ditador” o juiz foi acusado de promover uma prisão ilegal e de cercear a liberdade de expressão, que é garantida pela Constituição. Com o princípio de tumulto, André Luiz Novaes se retirou rapidamente do local, levando coercitivamente Cristiano Silva até a delegacia.
Na delegacia, segundo Cristiano, nova série de arbitrariedades. “O juiz começou a dizer que iria pegar muito mal para ele. Que ele seria massacrado pela opinião pública e então determinou a apreensão das câmeras dos fotógrafos e cinegrafistas que nos acompanhavam”, contou.
Ainda segundo Cristiano, o juiz determinou que os policiais apagassem completamente o material registrado, o que representaria um desrespeito também à liberdade de imprensa. Mesmo com a presença de advogados e de alguns populares que não se conformaram com a prisão, Cristiano, cinegrafistas e fotógrafos só foram liberados por volta de 1h30 do dia seguinte.
Cristiano Silva afirmou que vai recorrer à Justiça para garantir a livre circulação do seu livro "Operação Ouro Negro – História do milionário assalto aos cofres da Prefeitura da Catalão na gestão de Adib Elias". O material trata de investigação do Ministério Público e da Polícia Civil que teria resultado na descoberta de um desvio de mais de R$ 10 milhões dos cofres da Prefeitura de Catalão. Os recursos deveriam ter sido empregados na pavimentação das ruas da cidade.
As fraudes teriam ocorrido por meio de licitações direcionadas, fracionamento indevido de obras, pagamentos feitos em duplicidade e pavimentação com qualidade inferior ao que havia sido contratado. As apurações, realizadas em um período de dois anos, resultaram na prisão de nove pessoas em Catalão, incluindo dois secretários municipais da gestão Adib Elias: Nelson Faiad, Administração e Lázaro José da Silva, Finanças.
Sem o julgamento do mérito, no entanto, o processo foi arquivado porque o magistrado que cuidava do caso entendeu que as provas, obtidas com autorização da Justiça, eram ilegais. 


Quinta-feira 20 de setembro
Postado pelo Editor  

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