Felipão
afirma que o craque jogou 80 minutos com fortes dores: 'A coxa dele está com um
inchaço enorme'. O técnico revela preocupação para as quartas
A
comissão técnica da seleção brasileira avisa que há uma explicação muito
simples para a atuação irregular de Neymar neste sábado, contra o Chile, em
Belo Horizonte: o craque jogou quase a partida inteira sentindo fortes dores,
que resultaram de uma entrada violenta logo no início da partida. “Foi na
primeira jogada dele, aos cinco ou dez minutos, quando o adversário bateu
pesado”, disse o técnico Luiz Felipe Scolari. Na verdade, o lance ocorreu ainda
antes, aos 3 minutos, e o autor da falta, que provocou uma lesão na coxa de Neymar,
foi Aránguiz. “Não conseguimos entender como alguém que bate daquela forma não
leva cartão”, reclamou o treinador. “A coxa do Neymar está deste tamanho.”
Felipão chegou a colocar em dúvida a participação de seu camisa 10 na partida
das quartas de final, contra a Colômbia, em Fortaleza, marcada para sexta-feira(4/7).
“Teremos três ou quatro dias para tentar tratar dele, reduzir esse inchaço e
ver se conseguimos colocá-lo no próximo jogo”, explicou Felipão, que deu folga
aos jogadores até a noite de domingo (e pediu aos jornalistas que deixem seus
atletas em paz nesse dia livre).
Mesmo
sem ter repetido as atuações inspiradas da primeira fase, quando foi decisivo
para o Brasil, o jovem craque segue em alta com o técnico depois da batalha
deste sábado. “Neymar tem 22 anos, mas é experiente como se tivesse 35. É um
jogador maduro, pronto. Ele lida com muita naturalidade com a falta de
experiência que resulta de sua pouca idade”, avalia Felipão, que destaca a
força mental do atleta para absorver a pressão e não se intimidar. “A
trajetória de vida dele mostra que estava pronto desde os 17 anos. Ele é
simples: gosta de jogar futebol, e é isso que ele quer fazer. Foi bater o
último pênalti como se estivesse disputando uma pelada em Santos. Ele esquece
se está batendo pênalti na Copa do Mundo ou na brincadeira com os amigos na
praia.” Neymar recebeu cinco faltas na partida deste sábado. Tanto não se
intimidou com o jogo de forte contato do Chile que ele próprio cometeu quatro
infrações. O craque ainda recuperou onze bolas para o Brasil, mostrando que sua
importância não se restringe ao ataque – e revelando o quanto sua ausência pode
pesar no encontro com os colombianos. (Giancarlo Lepiani)
Sábado,
28 de junho, 2014.
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