Luiz Fernando Pacheco foi
retirado à força do plenário do STF por ordem de Joaquim Barbosa
Em manifestação à chefia da
Seção de Segurança Pessoal de Dignitários do STF (Supremo Tribunal Federal), um
integrante da equipe de segurança afirmou que o advogado Luiz Fernando Pacheco,
defensor do ex-deputado José Genoino, estava “visivelmente embriagado” ao ser
retirado à força do plenário.
Barbosa determinou a
intervenção da segurança depois de Pacheco subir à tribuna para pedir que o
presidente liberasse para julgamento o recurso no qual Genoino solicita prisão
domiciliar.
“Como o advogado,
visivelmente embriagado, alterou o tom de voz de maneira desrespeitosa, o
presidente [Barbosa], suspendendo a Sessão, ordenou sua imediata retirada do
Plenário”, afirma o segurança no documento. “Com a equipe de segurança já
postada ao redor do advogado, solicitei que ele se contivesse e se retirasse.
Como se negou, a equipe de segurança, usando o princípio de uso moderado da
força, retirou o advogado que, mesmo assim, insistia em pronunciar palavras
agressivas ao Sr. presidente.”
O teor do documento foi
divulgado pelo STF.
Em nota, a diretoria do
Conselho Federal da OAB acusou Barbosa de trair a Constituição. “O advogado é
inviolável no exercício da profissão. O
presidente do STF, que jurou cumprir a Carta Federal, traiu seu compromisso ao
desrespeitar o advogado na tribuna da Suprema Corte. Sequer a ditadura militar
chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia.” O texto da OAB
ainda afirma: “O presidente do STF não é intocável e deve dar as devidas
explicações à advocacia brasileira.”
Em nota, o STF afirmou que o
ministro Joaquim Barbosa “considerou lamentável o episódio”. “Agindo de modo
violento e dirigindo ameaças contra o Chefe do Poder Judiciário, o advogado
adotou atitude nunca vista anteriormente em sessão deste Supremo Tribunal
Federal”, afirma a nota. “O Presidente zela para que todas as normas
regimentais e legais sejam integralmente cumpridas e observadas igualmente por
todos os advogados que militam perante esta Corte. Ao mesmo tempo,
disponibiliza o áudio e o vídeo, para conhecimento”. (R7)
Quarta-feira, 11 de junho 2014.
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