A
imprensa sugeriu que o pré-candidato a presidente da República pelo PSDB, Aécio
Neves, poderia escolher um vice goiano. Ronaldo Caiado e Henrique Meirelles
foram citados. Caiado é excelente deputado federal, um dos tops do Congresso
Nacional. Mas falta-lhe expressão nacional e, sobretudo, densidade política em
seu próprio Estado. O DEM de Goiás é um dos mais frágeis do país, sobrevivendo
muito mais devido à presença ativa e lúcida de Caiado. O senador Wilder Morais
ainda não tem expressão nacional e local. Henrique Meirelles, embora esteja
filiado a um partido de médio porte, ou até grande, o PSD, não tem expressão
política. Mais: o PSD fechou, em termos de candidato a presidente, com a
reeleição de Dilma Rousseff. Acrescente-se que, em termos de votos e de
economia, Goiás ainda não conta muito. Conta, mas não como São Paulo, Minas
Gerais e Rio de Janeiro. Mas e se o vice de Aécio fosse o governador do Estado,
Marconi Perillo? Aí o quadro muda. Entenda por quê.
Marconi
governa Goiás pela terceira vez, faz uma gestão consistente e é um político
nato, do estilo do próprio Aécio. É um político vocacionado. É uma das estrelas
do PSDB nacional. Noutras palavras, além de sedimentado em Goiás, congregando
uma grande força política, que não perde eleições há 16 anos, Marconi tem
presença política nacional. Não é apenas um político local, de província. É um
par tanto de Aécio quanto de Serra, Alckmin e Tasso Jereissati. Portanto, se
for indicado para vice, tem capital — prestígio, força política, capacidade
como gestor –, para mostrar aos eleitores nacionais. De Goiás, ao menos hoje,
Marconi é o único que tem chances reais de ser vice de Aécio.
Portanto,
Marconi extrapola a questão do eleitorado pequeno e de uma economia apenas
emergente. Sua força advém do fato de ser o governador mais qualificado —
aquele que tem mais o que mostrar aos eleitores do país — do PSDB.
Com informações coluna bastidores do Jornal Opção edição 2030
Segunda-feira, 02 de junho, 2014.
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