Enquanto
se debruça sobre os acordos de delação premiada dos executivos da Odebrecht, a
ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), definirá
nesta segunda-feira a pauta de julgamento da primeira sessão do plenário no
ano, que ocorrerá na quarta-feira.
As
oito ações de relatoria do ministro Teori Zavascki que estavam previstas para
julgamento serão retiradas, e a tendência é que a sessão seja mais curta, mas
existe a chance de outros processos serem incluídos.
Uma
das ações que podem entrar na pauta é a que discute se réus podem fazer parte
da linha sucessória da presidência da República. O julgamento desta ação havia
sido iniciado em novembro, mas acabou interrompido por um pedido de vista (de
mais tempo para analisar o processo) do ministro Dias Toffoli. Ele liberou o
processo no fim do ano passado.
Foi
com base nessa ação, de autoria da Rede Sustentabilidade, que o ministro Marco
Aurélio Mello concedeu a medida cautelar que afastou o senador Renan Calheiros
(PMDB-AL) da presidência do Senado, em dezembro, dias após o peemedebista se
tornar réu por crime de peculato.
A
liminar foi revista pelo plenário, que manteve Renan no cargo, afastando apenas
a possibilidade de ele assumir a presidência ainda que temporariamente.
Liberado por Toffoli, o julgamento do mérito pode ocorrer no dia em que Renan
se despede da presidência do Senado, com a realização da eleição para os cargos
da Mesa Diretora da Casa.
Homologações
Após
a conclusão, na sexta-feira, das audiências com os 77 delatores da Odebrecht, a
ministra Cármen Lúcia passou boa parte fim de semana trabalhando no gabinete
presidencial do STF.
O
juiz-auxiliar Márcio Schiefler, braço direito do ministro Teori Zavascki,
esteve no STF no sábado. Cármen e Schiefler têm mantido contato constante desde
a morte do ministro, no dia 19 de dezembro. Ele assessora a ministra na análise
das delações da Odebrecht.
Conforme
o Estado publicou no sábado, existe a expectativa entre ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF) e no Palácio do Planalto de que as delações da Odebrecht
sejam homologadas por Cármen Lúcia, entre segunda e terça.
Apesar
de o recesso prosseguir até esta segunda-feira, alguns ministros do Supremo
Tribunal Federal já retornaram a Brasília neste domingo. Cármen Lúcia deve
continuar conversas com os demais ministros, tanto sobre a homologação das
delações quanto sobre a definição da forma como será redistribuída a relatoria
dos processos relacionados à Lava Jato. (AE)
Segunda-feira,
30 de Janeiro de 2017 ás 10hs30
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