Policiais
federais cumprem terça-feira (8/5) quatro mandados de prisão temporária contra
suspeitos por má gestão de recursos da Fundação Rede Ferroviária de Seguridade
Social (Refer). Além disso, estão sendo cumpridos seis mandados de busca e
apreensão. As medidas judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal
do Rio de Janeiro.
O
Refer é o fundo de pensão dos empregados da extinta Rede Ferroviária Federal
(RFFSA), que foi absorvida pela Valec, e de várias empresas do ramo
ferroviário, como a CBTU, a CPTM, a Central, a Metrofor e a Companhia de
Transportes da Bahia.
Segundo
a Polícia Federal, a Refer adotou, a partir de 2009, um processo decisório mais
frouxo, que resultou em onze investimentos malsucedidos até 2016. O Ministério
Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ), PF e a Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc) vão investigar se diretores do Refer
receberam propina para realizarem esses investimentos. Segundo o MPF, a má
gestão causou prejuízo de R$ 270 milhões ao fundo de pensão.
Suspeitos têm prisão decretada
Três
dos suspeitos que tiveram a prisão decretada eram diretores à época desses
investimentos. O quarto alvo da ação é o coordenador de investimentos do fundo
de pensão. O afrouxamento das regras foi aprovado pelo Comitê Diretor de
Investimentos e pelo Conselho Deliberativo da Refer.
Os
quatro são investigados por crimes de gestão fraudulenta e organização
criminosa. A Justiça também decidiu afastar, de forma cautelar, um diretor e de
um gerente do fundo de pensão. Vários empregados da Refer terão seus passaportes
aprendidos, bens bloqueados e sigilos bancário/fiscal quebrados. (ABr)
Terça-feira,
08 de maio, 2018 ás 11:00
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