O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, foi protagonista de uma articulação incomum nesta semana, no Congresso Nacional: a rejeição de um nome a ser indicado pelo Senado Federal para a vaga de um ministro da corte. Ainda mais em se tratando de alguém com aval do Palácio do Planalto e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Nardes se
posicionou contra a indicação do senador Gim Argello (PTB-DF) para a vaga de
Valmir Campelo, ministro prestes a se aposentar. O petebista é alvo de seis
inquéritos no Supremo Tribunal Federal, um deles por suspeita de corrupção
ativa e peculato (desvio praticado por servidor público), e foi condenado pelo
Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF) por ter criado cargos
comissionados artificiais quando era presidente da Câmara Distrital.
Na quinta-feira,
o presidente do TCU assinou uma nota em que pedia ao Senado a "observância
dos requisitos constitucionais previstos para a posse de qualquer cidadão que
venha a ser membro da Corte", dentre os quais "idoneidade moral"
e "reputação ilibada". Horas depois, Argello desistiu da disputa.
Débora Álvares - O Estado de S.
Paulo
Domingo, 13 de abril, 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário