A
proposta aumenta a pena mínima de detenção, estabelecida no Código de Trânsito
Brasileiro (CTB - Lei 9.503/97), de seis meses para um ano para quem conduzir
veículos nessas condições. A pena máxima foi mantida em três anos.
Pelo
texto, todo motorista com suspeita de embriaguez deverá ser submetido a exame
clínico ou perícia médica. A proposta retira a concentração mínima de 0,6 grama
por litro de sangue para o condutor ser considerado bêbado. O agente de
trânsito também poderá constatar a embriaguez por outras provas, não detalhadas
no projeto.
Hoje
a lei estabelece que, além do bafômetro (teste de alcoolemia), o motorista pode
seja analisado por exame clínico, perícia, vídeo ou testemunha.
De
acordo com Keiko Ota, apesar de a sociedade não tolerar mais pessoas dirigindo
embriagadas, o Estado insiste em dizer que o motorista pode dirigir se bebeu
“só um pouquinho”. “A solução para isso é uma legislação que estabeleça
tolerância zero e puna definitivamente quem bebe e dirige, criminalizando a
conduta”, afirmou.
Penas criminais
O projeto retira infrações administrativas, como multa e suspensão do direito de dirigir, e inclui penas criminais.
A
proposta também retirou a possibilidade de crimes envolvendo motoristas serem
analisados por juizados especiais, conforme prevê a lei que criou essas
instituições (Lei 9.099/95). “Beber e dirigir é crime e não uma mera infração
administrativa”, disse a parlamentar.
A
lesão corporal culposa, sem intenção, tem pena aumentada de um terço à metade
quando o motorista dirigir embriagado ou sob efeito de drogas. A lei estabelece
atualmente pena de detenção de seis meses a um ano, com aumento de um terço à
metade para casos como dirigir sem ter carteira de motorista.
A
pena para homicídio culposo para quem dirigir embriagado ou sob efeito de
drogas será de reclusão de cinco a oito anos. O Código de Trânsito estabelece
pena de detenção de dois a quatro anos para homicídio culposo.
Tramitação
A proposta tramita apensada ao Projeto de Lei 5512/13, da deputada Gorete Pereira (PR-CE), que altera os índices de álcool ingerido por motoristas para a aplicação de penalidades da chamada Lei Seca (11.750/08). As propostas serão analisadas pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de serem votadas em Plenário.
20 de abril, 2014.
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