Vários
partidos já definiram como vão repartir entre seus candidatos o dinheiro do
Fundo Especial de Financiamento de Campanha. Neste ano, R$ 1,71 bilhões sairão
dos cofres públicos para financiar as campanhas eleitorais.
O
MDB, que vai receber a maior fatia, R$ 234 milhões, anunciou no início do mês
que não vai dar recursos para as campanhas à Presidência da República e
governos estaduais.
O
PP vai garantir R$ 2 milhões para cada candidato à reeleição como deputado
federal, e vai dar bônus de 2,5% para cada vez que estes deputados votaram
conforme a orientação do partido na Câmara. Segundo a resolução, a estratégia é
valorizar a fidelidade partidária.
A
professora de Ciência Política da Universidade Estadual de São Paulo, Unesp,
avalia que quando o Congresso estabeleceu as regras gerais para divisão do
dinheiro entre os partidos, já havia a tendência de valorizar os atuais
parlamentares.
O
PSol criou faixas de prioridades entre as regiões do país. A campanha para o
Governo do Rio de Janeiro e para o Senado pelo Pará têm prioridade 1 e por isso
vão receber mais recursos. O partido definiu que os diretórios estaduais devem
estabelecer regras para valorizar candidaturas de negros, indígenas e LGBTs.
O
Democratas deve destinar o piso de R$ 2,5 milhões para cada candidato a
governador e a direção nacional fica livre para incrementar o valor de acordo
com o desempenho do candidato ao longo da campanha.
O
PSB só vai direcionar dinheiro para os candidatos a deputado estadual que
estiverem apoiando integralmente candidatos do partido à deputado federal.
Adriano
Oliveira, professor de Ciência Política da Universidade Federal de Pernambuco,
diz que o aumento do poder das cúpulas partidárias é um transtorno trazido pelo
financiamento público.
Todos
os partidos são obrigados a destinar no mínimo 30% do Fundo para a campanha de
mulheres. Mas, se o percentual de mulheres for maior do que isso, a parcela
deve ser proporcional. Ou seja, se são 40% de candidatas, elas receberão, 40%
do Fundo.
O
Democratas e o PP, por exemplo, pedem que os candidatos indiquem uma lista de
mulheres para quem eles querem destinar nominalmente o recurso extra, que será
inicialmente reservado para os homens. (ABr)
Sábado,
21 de julho, 2018 ás 12:00
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