A
presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, decidiu
no final da tarde de terça-feira negar um habeas corpus protocolado em favor do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O pedido de liberdade não foi feito
pela defesa de Lula e é um dos 146 que chegaram ao tribunal após as recentes
decisões conflitantes que determinaram a soltura e a manutenção da prisão de
Lula.
Na
decisão, a ministra entendeu que a decisão do juiz plantonista Rogério Favreto,
que estava no plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no último fim
de semana, desrespeitou a decisões anteriores que mantiveram a prisão do
ex-presidente.
“Causa
perplexidade e intolerável insegurança jurídica decisão tomada de inóspito, por
autoridade manifestamente incompetente, em situação precária de Plantão
judiciário, forçando a reabertura de discussão encerrada em instâncias
superiores, por meio de insustentável premissa”, decidiu ministra.
Para
a ministra, o argumento de que Lula é pré-candidato à Presidência da República
não é fato jurídico para justificar a concessão de liberdade pelo desembargador
Favreto. A questão foi levantada por deputados do PT que recorreram ao plantão
judicial.
“Em
face do, repito, inusitado cenário jurídico-processual criado, as medidas
impugnadas no presente habeas corpus – conflito de competência suscitado nos
próprios autos e a decisão do Presidente do TRF da 4.ª Região resolvendo o
imbróglio – não constituíram nulidade, ao contrário, foram absolutamente
necessárias para chamar o feito à ordem, impedindo que Juízo manifestamente
incompetente (o Plantonista) decidisse sobre questão já levada ao STJ e ao
STF”, argumentou Laurita.
Lula
está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de
abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória
da pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro, no caso do tríplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base
na decisão do STF que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda
instância da Justiça. (ABr)
Terça-feira,
10 de julho, 2018 ás 16:07
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