O
deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado domingo (22/7)
como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo Partido
Social Liberal (PSL). Embora presente à convenção do partido ao qual se filiou,
a advogada Janaina Paschoal disse que ainda não aceitou o convite para ser vice.
O
partido tem até 5 de agosto para anunciar quem irá compor a chapa. “Nenhum
partido anunciou seu vice ainda. A gente não foge de um filiado ao PSL ou de
algum militar que esteja na ativa. A nossa lagoa é muito pequena para pegar um
vice, mas vai sair um de qualquer maneira”, disse o deputado.
O
candidato do PSL discursou por 55 minutos para uma plateia inflamada que encheu
o salão do Centro de Convenções Sul-América, no centro do Rio de Janeiro, com
capacidade para 3 mil pessoas.
“Eu
sei o desconforto que venho causando. Eu sou o patinho feio desta história, mas
tenho certeza que seremos bonito brevemente”, disse Bolsonaro.
Propostas
Apesar
de afirmar que seu programa de governo não está concluído, Bolsonaro adiantou
que quer excluir o das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento,
assim como Agricultura e Meio Ambiente.
O
candidato prometeu ainda, se eleito for, privatizar estatais. Também não
adiantou nomes, mas garantiu enxugar a Petrobras, que segundo ele “tem muitos
braços”. Também afastou qualquer possibilidade de ocupação política em cargos
executivos nos Bancos Central, do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Sem
vice
A
advogada Janaina Paschoal frustrou a plateia, que já a saudava como vice, ao
anunciar que ainda não tem resposta ao convite feito pelo partido.
Inicialmente, ela pensou no cargo de deputada estadual por São Paulo.
“Nós
iniciamos um diálogo bastante profícuo. Entendemos que para uma parceria de
quatro anos. Esse diálogo precisa ser mais pormenorizado, porque é um trabalho
conjunto. Então não é possível tomar uma decisão em dois dias”, disse ela.
Isolamento
Com
exceção dos políticos do PSL, discursaram apenas o general de Exército Augusto
Heleno (PRP), que chegou a ser convidado para o cargo de vice, mas não comporá
a chapa, e o senador Magno Malta (PR-ES).
No
entanto, o isolamento político na campanha até agora foi contestado por
Bolsonaro, que garante já ter entendimentos de apoio com 110 parlamentares de
partidos do chamado de Centrão e que aparentemente não está preocupado com os
restantes.
“Agradeço
ao Alckmin por juntar o que há de pior do Brasil ao seu lado”, criticou o
candidato.
Participaram
da convenção a mulher de Bolsonaro, Michele, os filhos Carlos, Eduardo e Flávio
– este último confirmado como candidato do partido ao Senado pelo Rio de
Janeiro. Também estavam presentes o coordenador do programa econômico da
campanha, o economista Paulo Guedes, o presidente em exercício do PSL, Gustavo
Bebbiano, e o vice-presidente nacional, Julian Lemos. (ABr)
Segunda-feira,
23 de julho, 2018 ás 00:05
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