247 =
O relator da CPMI do caso Cachoeira, Odair
Cunha (PT-MG), está cometendo erros em série. O primeiro foi fazer com que o
governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, fosse ouvido antes de figuras do
segundo escalão da administração goiana, cujos depoimentos serão tomados na
próxima semana. Em seguida, Odair tratou Marconi como “investigado” e não como
testemunha, o que gerou um bate-boca na CPI. Depois, trabalhou intensamente
para evitar as oitivas de Fernando Cavendish, da Delta, e Luiz Antônio Pagot,
do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, o Dnit.
Com essas atitudes, Odair foi, aos poucos,
explicitando seu viés partidário na CPMI, quando se espera de um relator certa
neutralidade, a despeito das filiações partidárias. Nos últimos dias, esse
comportamento ficou ainda mais visível, quando Odair decidiu ir pessoalmente a
Goiânia para buscar a íntegra dos áudios da Operação Monte Carlo – tarefa que
poderia ser delegada a um assessor.
Neste domingo, uma nota publicada na coluna
Panorama Político, de Ilimar Franco, no jornal O Globo, expõe ainda mais a
obsessão de Odair Cunha em fisgar o governador goiano Marconi Perillo. Leia:
No encalço de Marconi Perillo
O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), está decidido a desvendar a venda da casa do governador Marconi Perillo. Esteve duas vezes em Goiânia, semana passada, e aposta no depoimento do arquiteto Alexandre Milhomem. Ele foi contratado pela mulher de Cachoeira, Andressa, por R$ 50 mil, para fazer a reforma da mansão. Para Odair, quem mora em casa emprestada não desembolsa uma quantia destas só para fazer um projeto, além dos custos da obra.
O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), está decidido a desvendar a venda da casa do governador Marconi Perillo. Esteve duas vezes em Goiânia, semana passada, e aposta no depoimento do arquiteto Alexandre Milhomem. Ele foi contratado pela mulher de Cachoeira, Andressa, por R$ 50 mil, para fazer a reforma da mansão. Para Odair, quem mora em casa emprestada não desembolsa uma quantia destas só para fazer um projeto, além dos custos da obra.
Mais do que qualquer outro veículo, o site
247 foi o primeiro a revelar que Carlos Cachoeira foi preso numa casa que
pertenceu a Marconi Perillo e a apontar as estranhezas na venda do imóvel. O
erro do relator não consiste em fazer com que a CPI investigue a transação, mas
em tornar tão explícito o seu engajamento pessoal no caso.
Domingo
24/6/ 2012 às 23:55h
Postado
pelo Editor
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