Gerciley
Batista =
Marconi
Perillo, 35 anos.
No ano de
1998, após o PSDB praticamente fechar a coligação que tinha como cabeça de
chapa o PMDB, em uma articulação política, a época, considerada o último sopro
de independência da “oposição” e após a desistência do Deputado Federal Roberto
Balestra em candidatar-se ao Governo, o jovem deputado, então com 35 anos,
Marconi Perillo, assumia o posto de candidato ao Governo de Goiás.
Naquele tempo,
o jovem de 35 anos, com discurso duríssimo e implacável, surfou na onda
favorável da mudança e derrotou 16 anos de hegemonia peemedebista. Bom. Já
contei esta história em um artigo passado. Agora, convido você, que lê este
blog, a fazer uma vigem imaginária, de volta ao ano de 1998, na noite de 31 de
Dezembro daquele ano, horas antes da posse do novo Governador.
A
Máquina do Tempo Wells.
Vamos imaginar
que Marconi Perillo, depois de alguma conversa e muitas explicações, resolvesse
aceitar o convite de entrar em uma máquina do tempo e seguisse rumo o futuro e
aportasse em 2012. Horas antes de seu depoimento na CPMI. O jovem de 35 anos,
iria se deparar com um senhor de 49, cabelos levemente colorizados, costeletas
brancas, mais gordo, rosto abatido e envolvido em um escândalo de proporções
nacionais.
Muito
provavelmente ele se perguntaria o real motivo de já possuir um terceiro
mandato? Aquilo que combateu nas eleições que acabara de ganhar em 98. Ficaria
surpreso em saber que negociara uma casa de R$ 1.4 milhões de reais de forma
tão complicada e o porquê de alugar uma casa de R$6 milhões de reais de uma
empreiteira que presta serviços ao Governo.
Marconi
desconfiaria de Marconi.
O jovem
Marconi ficaria mais curioso e perguntaria tudo que aconteceu entre os anos de
1998 e 2012. Sua surpresa seria imensa. Praticamente tudo que combateu com
veemência, ele mesmo reproduziria nos mandatos que se seguiram. De alguma
forma, ele se tornara um exemplar de espécime jurássico da política, termo que
na campanha de 98 ele aprovara o uso contra seus adversários.
O jovem
Perillo observaria através de uma TV de Led, ultrafina, o Jornal Nacional da
Noite, estarrecido com as coisas que seu Perillo futuro está sendo acusado,
piscando excessivamente tentando não crer naquilo que vê e ouve. Ouviria seus
discursos, veria professores insatisfeitos, delegados chateados e novos amigos
que antes recusara a aproximação. Ficaria se perguntado onde está o amigo do
peito Alcides, não acreditaria que o seu vice-governador, que o ajudou tanto em
1998, agora, estaria chateado com o velho Perillo.
De
volta à Máquina do Tempo.
Uma semana
depois de presenciar o futuro, o jovem Perillo pediria para voltar ao passado,
mas, não na noite de 31 de dezembro de 1998 e sim, no dia 01 de Julho de 1998,
quando ele, de alguma forma, repensaria seus discursos, sabendo que no futuro,
ele se tornaria tudo que um dia combateu. O futuro, que usa o destino como uma
estrada sem luz, nos permite apenas caminhar, sem saber que lugar parar.
Marconi daria
sentido ao velho ditado: “Você pode até errar no rumo. Mas, nunca errar o
rumo.”
Terça- feira 12/6/2012 ás 16:38h
Postado pelo Editor
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