Patrícia
Alencar, do G1 DF =
São 2 pedidos sobre o
governador do DF e 1 para o governador de GO. Solicitações dizem respeito à Operação Monte Carlo, da PF, e à Anvisa.
A Procuradoria Geral da República informou que protocolou nesta terça (12)
no superior Tribunal de Justiça (STJ)
pedidos de abertura de inquérito para investigar os governadores de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).
Segundo a assessoria da PGR, o procurador-geral Roberto Gurgel pediu
autorização para abrir inquérito a fim de apurar fatos relacionados à Operação
Monte Carlo, da Polícia Federal, relacionados a Marconi Perillo.
O procurador-geral fez os pedidos ao STJ porque é a instância do Judiciário
na qual tramitam processos na esfera penal relacionados a governadores de
estados.
A Monte Carlo foi à operação da Policia Federal que em fevereiro resultou na
prisão do contraventor Carlos Augusto da Silva Ramos, o Carlinhos Cachoeira,
apontado como cheque de uma quadrilha que explorava o jogo ilegal em Goiás. Uma
CPI no Congresso Nacional apura as relações entre Cachoeira, políticos e
autoridades, entre as quais Perillo e Agnelo, que prestaram depoimentos à
comissão nestas terça (12) e quarta (13), respectivamente.
No caso de Agnelo Queiroz, de acordo com a assessoria, são dois pedidos de
inquérito - um referente a informações da Operação Monte Carlo e outro de
supostas irregularidades no período em que o atual governador do Distrito
Federal era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo a assessoria da PGR, os três pedidos estão sob segredo de Justiça. O
órgão não informa qual será o foco das investigações.
O inquérito que pretende apurar supostas irregularidades na Anvisa durante a
gestão de Agnelo na agência foi repassado para o presidente da Corte, ministro
Cesar Asfor Rocha.
Os demais pedidos de Gurgel, para investigar suspeitas surgidas em meio à
operação Monte Carlo, um relacionado à Perillo e outro ao governador do
Distrito Federal, foram distribuídos para a ministra do STJ Laurita Vaz.
Em abril, a magistrada havia recusado a relatoria de habeas corpus
solicitado pela defesa de Cachoeira. Na ocasião, Laurita se declarou “em
suspeição” por ter nascido em Goiás, estado em que, segundo a PF, o bicheiro
exercia atividades ilícitias e por ter tido "algum tipo de contato social
ou profissional" com autoridades mencionadas nas investigações da Monte
Carlo.
O site
consultou o gabinete da magistrada sobre a possibilidade de ela voltar a se
declarar em suspeição. Os assessores da ministra, no entanto, afirmaram que
somente no momento em que ela se manifestar oficialmente sobre o inquérito será
possível saber se aceitará a relatoria.
Repercussão
A notícia de que a Procuradoria pediu abertura de inquérito repercutiu na reunião da CPI do Cachoeira, que ouvia o depoimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT-DF). Na sessão, Agnelo assinou documento no qual autoriza a quebra de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Depois, Perillo também anunciou, em Goiânia, que seus dados sigilosos estão á disposição da comissão.
A notícia de que a Procuradoria pediu abertura de inquérito repercutiu na reunião da CPI do Cachoeira, que ouvia o depoimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT-DF). Na sessão, Agnelo assinou documento no qual autoriza a quebra de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. Depois, Perillo também anunciou, em Goiânia, que seus dados sigilosos estão á disposição da comissão.
Nesta quinta, em reunião administrativa, a CPI do Cachoeira deverá votar
requerimentos de quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônicos dos dois
governadores.
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disse que o pedido da Procuradoria
mostra indícios do envolvimento dos dois governadores com o esquema de Cachoeira.
"Se a PGR representou contra os dois govnadores é porque ela vê
indícios de relação de ambos com a Operação Monte Carlo. CPI é comissão de
inquérito. Tem que partir dos indícios que há. Agora se o fiscal da lei, o
defensor da sociedade encontra indícios porque a CPI não haveria de encontrar?
Então, temos que diminuir os festejos na CPI e irmos mais no que ela deve
fazer, que é inquirir", afirmou Randolfe.
O deputado Cândido Vaccarezza, ex-líder do PT na Câmara, também comentou o
pedido de abertura de inquérito, mas destacou que é apenas um "pedido de
investigação" e que não demonstra a culpa do governador Agnelo.
Quarta – feira 13/6/2012 ás
19:40h
Postado pelo Editor
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