Agência Estado =
O diretor da Transparência Brasil, Claudio
Weber Abramo, criticou nesta sexta-feira, 29, a decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) que autoriza, para as eleições de outubro, a candidatura de
políticos com contas eleitorais reprovadas.
"Esses políticos tiveram
direito ao contraditório. Os processos duraram anos. E quem decidiu que a
situação deles era irregular foi uma autoridade judicial", disse ele, em
um debate sobre "Corrupção e Transparência no Estado brasileiro",
promovido pela Fundação de Administração Publica (Fundap), em São Paulo.
A fala de Abramo era uma resposta a outro
debatedor, Francisco Fonseca, que pouco antes havia criticado a imprensa por
fazer "uma cobertura partidarizada" do assunto e, na prática,
apresentar uma visão distorcida do assunto.
Fonseca, que é professor do
Departamento de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, afirmou que
"tem gente abnegada na política, nem todos são corruptos. Toda
generalização é injusta." O problema, segundo ele, é que "na mídia há
sempre um partido acusado de corrupto (referindo-se, sem nomear, ao PT)".
Segundo ele, "nem tudo é ilegalidade e não faz sentido sugerir que todos
são corruptos ou que os são anjos". Acrescentou em seguida que "as
elites se protegem" e que "toda a mídia precisaria ser urgentemente
reformada".
Um terceiro debatedor, o coordenador da mesa,
Luiz Palma, da Fundap, rebateu as críticas de Fonseca, dizendo que conhecia
muitos jornalistas que fazem um trabalho sério e responsável e que, também
nessa área, "não se pode fazer uma generalização".
Do debate participaram ainda a professora
Cecília Olivieri, da USP Zona Leste, que analisou os sistemas de controle
interno na administração brasileira, e Marco Aurélio Nogueira e Rita de Cássia
Biason, da Unesp.
Sexta – feira 29/6/2012 ás 21:30h
Postado pelo Editor
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