Brasil News =
Deu no Jornal Nacional: pagamento de despesas de campanha de Marconi
Perillo por empresa fantasma de Carlinhos Cachoeira torna, segundo Patrícia
Poeta, "ainda mais delicada" a situação do governador goiano;
enquanto o PT anuncia quebra de sigilos de Marconi, o PSDB o abandona
A situação do governador Marconi Perillo
“ficou ainda mais delicada”, na expressão da âncora do Jornal Nacional, Patrícia
Poeta. O principal noticioso da Rede Globo veiculou nesta sexta-feira 1
reportagem a respeito da denúncia do jornalista Luis Carlos Bordoni de que a
campanha de Perillo para governador de Goiás, em 2010, foi contemplada com
dinheiro saído da empresa Alberto e Pantoja.
Essa companhia pertenceria ao
esquema criminoso coordenado pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. O JN
acentuou que a denúncia prejudica a defesa de Marconi diante da CPI. Foi ouvido
o líder do PT na Câmara dos Deputados, Jilmar Tatto, que manifestou a intenção
do partido em pedir, no ambiente da Comissão, a quebra dos sigilos bancário,
fiscal e telefônico de Perillo.
Igualmente abriu espaço para uma ‘sonora’ do
senador Álvaro Dias (PSDB-PR). “Uma denúncia desse tipo sangra qualquer agremiação
partidária”, resumiu ele. Sem dúvida, a situação de Marconi, que já não era
boa, piorou.
Apareceu a Fiat Elba de Marconi
Perillo
Vinte anos atrás,
na crise do impeachment do ex-presidente Collor, a prova definitiva foi uma
singela Fiat Elba. O carro havia sido pago com recursos do caixa dois de
campanha do esquema PC Farias. Desta vez, a na crise que atinge o governador de
Goiás, Marconi Perillo, a Fiat Elba é um jornalista.
Ele se chama Luiz
Carlos Bordoni e está no centro da polêmica envolvendo o governador de Goiás,
Marconi Perillo (PSDB), e o contraventor Carlinhos Cachoeira. Ele é a
testemunha que prova a ligação dos dois, uma ligação que tem as digitais na
campanha eleitoral de 2010, quando o tucano foi eleito para o seu terceiro
mandato à frente do Estado.
Reportagem do
jornal O Estado de S. Paulo traz entrevista exclusiva do repórter Fernando
Gallo com Bordoni em que este afirma de forma direta que recebeu como pagamento
por serviço prestado à campanha de Marconi, da Alberto e Pantoja, empresa
fantasma que de acordo com a Polícia Federal era controlada por Cachoeira. O
pagamento, de R$ 45 mil – referente à metade da conta – foi feito por um dos
principais assessores do governador, Lúcio Fiúza Gouthier, depois de seis meses
de atraso.
"O sr. Lúcio
Gouthier me ligou perguntando o número da minha conta pra depositar esse
dinheiro. Eu disse a ele que estava viajando, e que minha filha, que paga
minhas contas e administra as minhas coisas, iria receber. Dei o número da
conta dela para ele.
De repente, essa conta foi passada para a Pantoja",
afirmou Bordoni ao Estado. "O dinheiro foi depositado pela Pantoja na
conta da minha filha. Era dívida de campanha do governador Marconi Perillo dos
R$ 90 mil de saldo do trabalho que prestei a ele no programa de rádio na
campanha de 2010."
Só pra lembrar:
Lúcio Gouthier Fiúza é o assessor de Marconi Perillo que assinou documento
afirmando ter recebido R$ 1,4 milhão pela casa do governador, que teria sido
vendida para Carlinhos Cachoeira. Ele também é suspeito de ter recebido R$ 500
mil, que teriam sido enviados pelo braço direito de Cachoeira, Wladimir Garcêz,
ao Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, em uma caixa de computador.
Também ao Estado,
a assessoria de Marconi negou ter feito os pagamentos por meio da empresa. Luiz
Carlos Bordoni diz que decidiu revelar o caso depois do questionamento na CPI
direcionado à sua filha, Bruna Bordoni. Foi na conta dela que acabou depositado
o valor de parte da dívida da campanha com o jornalista, responsável pelos
programas de radio. “Prestei o serviço honestamente. Não vou deixar que ninguém
venha avacalhar minha credibilidade por causa de Cachoeira",diz.
Para ler a
reportagem do Estado de S.Paulo, clique aqui.
Sobre o assunto,
Bordoni publicou em seu blog:
A VERDADE SOBRE O DEPOSITO
01. Em momento
algum disse que o Sr. Marconi Perillo depositou dinheiro em minha conta.
02. Informei que
o Sr. Lucio Gouthier Fiuza, encarregado de pagar os saldos de campanha, havia
me ligado e pedido o numero de minha conta para depositar uma parcela de 45 mil
reais, dos 90 mil remanescentes da campanha de 2010.
03. Disse a ele
que estava viajando, que poderia depositar na conta da minha filha, que cuida
dos meus assuntos. Passei a ele o numero da conta dela.
04. Ao contrario
do que afirmam alguns imbecis, não fui eu quem depositou nada. O deposito foi
feito, conforme consta em extrato, pela tal Pantoja et all. Não se pensou nunca
em conferir o depositante, pois Lúcio dissera que iria fazê-lo.
05. Em momento
algum questionei a honorabilidade do Sr. Governador, como alardeiam certos
picaretas da mídia. Não fosse ele probo, jamais teria participado de suas
campanhas.
06. Eu somente
quis esclarecer a citação do nome de minha filha, durante inquirição do senador
Demóstenes Torres e a ilação com o depósito de 45 mil reais feito na conta
dela.
07. Apenas narrei
a razão do depósito, pois nem mesmo nos sabíamos a origem do dinheiro e, em
momento algum, disse ter o governador conhecimento disso.
08. Não e verdade
que fui demitido pelo Paulo Beringhs. Eu saí por livre e espontânea vontade.
09. Ao contrário
do que alardeiam badamecos e pistoleiras, estou muito bem da cachola, a ponto
de saber onde e como encontrá-los.
10. Nada tenho
contra a área de comunicação do governo, como alardeiam as piranhas
insaciáveis.
11. Ao contrario
de certos jornalistas que me hostilizam, não misturo alhos com bugalhos. Nasci
independente e morrerei independente.
12. Neste mesmo
blog, em “Questão de hombridade”, os senhores verão que fui o único a defender
Sua Excelência neste tiroteio cerrado, coisa que nenhum de seus assessores fez.
Calados também ficaram os seus bajuladores de plantão, sobejamente conhecidos.
13. Quis
esclarecer o fato por que ele colocava sob suspeita a nossa dignidade – minha e
de minha filha.
14. Aos que estão
a me julgar e condenar, eu rio de todos. Em nenhum há estofo moral para tanto.
Sem exceção.
15. Apenas agi
para colocar as coisas no devido lugar, mas jamais com o intuito de prejudicar
a quem quer que seja.
16. Sei que os
canalhas vão tentar promover o meu linchamento, mas não os temo, pois tenho a
verdade do meu lado.
17. Não se brinca
com a moral alheia. Só os que não a tem ficariam omissos diante do ocorrido.
18. É conhecida a
calhordice de tentar desacreditar os que podem causar danos. É o que estão
querendo fazer comigo. Se dano houver pelo meu gesto, não foi intencional. Não
tivessem nos provocado, eu não estaria aqui. Agora, dano a mim e aos meus eu
jamais permitirei.
19. Num mundo
onde os boquirrotos duvidam ate da virilidade do meu amigo Jesus Cristo, estou
a ouvir o crocito dos corvos. Pobres genitoras que mal sabem a droga que
pariram.
20. Não darei
entrevistas sobre o assunto. O que tinha a dizer já foi dito.
Sábado 2/6/2012 ás 6:05
Postado pelo Editor
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