Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB)
acerta parcerias com Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e anuncia
investimentos federais para minimizar desigualdades sociais e baixar índices de
criminalidade nas cidades goianas do Entorno de Brasília
Para impulsionar o
desenvolvimento econômico e social nas cidades goianas do Entorno de Brasília,
o governador Marconi Perillo (PSDB) anuncia parcerias com o governador do
Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT) e busca investimentos federais em áreas
de infraestrutura e de combate à criminalidade. “Temos boas parcerias com o
governo federal e Ministério das Cidades, via PAC do Saneamento. Trabalhamos em
conjunto com os municípios na área de mobilidade e de desenvolvimento urbano”.
O
governador goiano, em entrevista ao Jornal de Brasília, afirma ter conseguido
resultados importantes na redução da violência no Entorno, mas a proteção às
fronteiras e a legislação são obstáculos nesse processo.
Marconi
diz que a região do Entorno do DF é hoje, ao lado da região metropolitana de
Goiânia, a mais importante para Goiás. “É uma região muito densamente povoada.
Além da densidade, tem uma população muito expressiva. Nós calculamos que sejam
1,5 milhão os goianos e brasileiros que vivem ali. São goianos que colaboram
muito com o desenvolvimento do Distrito Federal”.
ECONOMIA DINÂMICA
Segundo
ele, 400 mil trabalhadores do DF vivem em Goiás, prestam seu suor, trabalho,
inteligência, em favor de todos que vivem em Brasília. “A economia da região
metropolitana é dinâmica, ativa e é uma área que, pelo fato de ter ficado
esquecida por muitos governos anteriores, acabou se transformando em dependente
de muitas melhorias de infraestrutura urbana”.
O
governador sustenta que o poder público goiano também está presente com
significativas obras na área de saneamento em todas as cidades e, em algumas
localidades, em parcerias com o governo do DF e a Caesb. “Em muitas outras,
temos boas parcerias com governo federal e Ministério das Cidades, via PAC do
Saneamento. Trabalhamos em conjunto com os municípios na área de mobilidade
urbana e desenvolvimento urbano”.
SEGURANÇA
Na
área de segurança pública, o governador diz que o Estado constrói quatro
presídios novos no Entorno. Três com capacidade para 300 presos e um, em
Planaltina, com menor capacidade. “Aumentamos o banco de horas para ter mais
policiamento. Sabemos que ali é uma região muito conflagrada. Determinei que se
aumentasse agora todo o efetivo para as cidades do Entorno. Estamos recrutando
novos policiais civis, militares e bombeiros, por concurso, além de delegados.
E também através de um programa chamado serviço militar voluntário, trazendo
reservistas das Forças Armadas, bem treinados, homens que passaram até seis
anos em treinamento, e vamos colocá-los nas ruas. Ali em muitas cidades já há
uma sensação de melhoria da segurança”.
A
uma pergunta sobre se os investimentos na área de segurança são suficientes
para reduzir a violência na região metropolitana do DF, Marconi Perillo
ressaltou: “Temos problemas que fazem com que a violência aumente
vertiginosamente no Brasil. Primeiro, só os governos estaduais são obrigados
pela Constituição a investir em segurança. É preciso que a Constituição seja
alterada e que todos, por forma vinculada, tenham a obrigação de investir um
percentual de receita em segurança pública, porque é uma área que precisa de
dinheiro, para a polícia e também para a inteligência”.
Marconi,
no entanto, reconhece que “o mais complicado é o tráfico de drogas. Nós temos
fronteiras muito grandes com Colômbia e Bolívia, infelizmente, mal guardadas.
Isso resulta na facilidade para os narcotraficantes. Goiás está no centro, as
pessoas chegam aqui facilmente. Apesar de eu ter investido desde 2011 na
polícia de divisas, não é suficiente. Hoje, no Estado e no País inteiro, 80%
dos crimes são praticados em função das drogas, principalmente o crack. E o
último motivo é a legislação processual penal, que faz com que todo esforço da
polícia seja quase em vão. Prende hoje e amanhã solta. A Justiça acaba soltando
por força da legislação. É preciso endurecer a lei. Nunca se apreendeu tanta
droga em Goiás como em 2013, nunca se prenderam tantas pessoas como agora. Mas
em média, o traficante fica 40 dias na cadeia e sai para cometer crimes às
vezes piores”.
Com
informações do DM.
Quinta-feira,
06 de janeiro, 2014
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