Presidente não compareceu às
comemorações do 1º de Maio da Força
A tradicional comemoração do Dia
do Trabalho da Força Sindical, em São Paulo, foi marcada quinta-feira por um
duro discurso do líder da central sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva
(SDD-SP), contra a presidente Dilma Rousseff. "Quem deveria estar presa na
Papuda [presídio em Brasília onde estão os mensaleiros José Dirceu e José
Genoino] é a presidente Dilma, pelos roubos que tem feito na Petrobras, empresa
que os brasileiros aprenderam a admirar", disse.
Paulinho aproveitou para criticar
a ausência da presidente no evento da Força, que reuniu 1,5 milhão de pessoas,
segundo a central. "Quem tem coragem mostra a cara e quem não tem manda
representantes", afirmou Paulinho, referindo-se aos dois emissários de
Dilma no evento, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o
ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Ex-dirigente do PDT, Paulinho
criou o Solidariedade no ano passado, partido que irá apoiar a candidatura de
Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto. O tucano, aliás, esteve no evento
da Força.
Pronunciamento – A oposição
reagiu ao pronunciamento da presidente feito nesta quarta-feira em cadeia
nacional de rádio e televisão. Representantes dos partidos de oposição
pretendem questionar a fala de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por
considerar que se trata de campanha eleitoral antecipada.
Para Aécio, a fala de Dilma foi
"patética". “Representa o desespero de um governo acossado por
sucessivas denúncias de corrupção e uma presidente da República fragilizada
pelo boicote da sua própria base, protagonizando um dos mais patéticos
episódios já vistos na política brasileira”, disse.
Dilma usou a cadeia nacional de
rádio e televisão para fazer um discurso em tom eleitoral, numa mistura de
anúncio de medidas, prestação de contas e ataque "àqueles que defendem o
quanto pior, melhor".
(Com Estadão Conteúdo)
Quinta-feira, 01 de maio, 2014.
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