O
secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto
Almeida, afirmou nesta sexta-feira, 25, que a reforma do setor público começa
com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos.
“A medida é essencial para colocar as contas no azul e para redução de juros no
futuro”, disse durante congresso para prefeitos eleitos do PSDB, promovido pelo
Instituto Teotônio Vilela (ITV), ligado ao partido.
A
reforma da Previdência também é importante para assegurar o equilíbrio das
contas públicas, destacou o secretário. Segundo ele, essas reformas não visam a
tirar direitos, mas sim a garantir que, no futuro, os governos consigam pagar
suas contas. “O Brasil está em processo de envelhecimento muito rápido”,
afirmou Almeida. Segundo ele, não faz sentido que seja possível, no País, se
aposentar ao redor dos 50 anos.
“Se
quisermos investir mais em saúde, educação, obras de infraestrutura, é preciso
reformar a Previdência”, disse. O secretário afirmou ainda que, sem medidas na
área, três pessoas precisarão sozinhas produzir no futuro o que hoje oito
produzem.
Almeida,
contudo, disse ter esperanças na retomada do crescimento e de que o País volte
a ter avanços de 3% a 4% no PIB. “O Brasil não está condenado a ser país de
baixo crescimento, pelo contrário.”
Tesouro
O
secretário também criticou a política do governo anterior de injetar recursos
no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para conceder
empréstimos subsidiados. Na quarta-feira, o Tribunal de Contas da União (TCU)
autorizou a devolução de R$ 100 bilhões para que o governo federal possa
reduzir seu endividamento.
“O
Tesouro emprestar para banco público sempre aconteceu, mas a partir de 2007 até
2015 foram mais de R$ 500 bilhões para bancar subsídios muitas vezes
desnecessários”, disse Mansueto.
FHC
O
secretário defendeu a realização de reformas, como instituição de um teto de
gastos e a da Previdência. “Os frutos de reformas, embora nem sempre sejam
imediatos, são permanentes”, afirmou durante congresso para prefeitos eleitos
do PSDB.
Em
um discurso com tom mais político, Almeida disse que o governo do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (presente ao evento) “marcou história”. “Ele fez as
reformas de que o Brasil precisava. Fernando Henrique Cardoso teve a coragem de
iniciar o processo de privatização”, disse.
O
secretário da Fazenda notou que, ao assumir, FHC também precisou fazer um
ajuste fiscal, e o esforço teve como resultado superávits superiores a 3% do
PIB. (AE)
Sexta-feira,
25 de Novembro de 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário