Empresários,
cientistas políticos e representantes de entidades civis, sindicatos e
movimentos de rua visitam deputados nesta terça-feira, na Câmara, para
pressioná-los contra a criação de um fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões com
recursos públicos para bancar campanhas políticas e contra a mudança do sistema
eleitoral para o distritão. Por esse modelo, são eleitos deputados e vereadores
mais votados, sem levar em consideração os votos de outros candidatos e na
legenda, como no sistema proporcional em vigor.
A
comitiva é liderada pelo presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos, e conta
com a presença de Rogério Cheker, do movimento Vem pra Rua; Luana Tavares, do
Centro de Liderança Pública; além de outros representantes de instituições como
a Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Banco Santander,
Transparência Partidária, Confederação das Associações Comerciais e
Empresariais do Brasil (CACB) e Confederação Nacional dos Jovens Empresários.
Segundo
agenda divulgada pela comitiva, eles vão defender a permanência no sistema
proporcional nas eleições de 2018 e a adoção do distrital misto a partir de
2022, como já aprovado pela comissão da reforma política da Câmara. Por esse
modelo, o eleitor vota duas vezes para deputado: em um candidato do distrito e
em um partido. Metade das cadeiras de cada Estado vai para os mais votados de
cada distrito e a outra será preenchida pelos partidos, por meio de uma lista
pré-ordenada.
A
comitiva também defenderá o fim imediato das coligações e a criação de uma
cláusula de barreira, sem especificar porcentuais. Pela reforma política
discutida na Câmara, as coligações em eleições proporcionais só estarão
proibidas a partir de 2020. Já a cláusula de barreira valerá a partir do pleito
de outubro do próximo ano. A proposta, ainda em discussão em comissão especial,
exige que partidos obtenham 1,5% dos votos nacionais para deputado federal e 1%
em pelo menos nove Estados, para ter acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de
TV. (AE)
Quarta-feira,
16 de agosto, 2017 ás 00hs05
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